Transe e loucura. As figuras dos loucos no teatro grego e no teatro de Shakespeare

4 Dezembro 2020, 09:30 Nuno Gabriel de Castro Nabais dos Santos

Ao lado dos fenómenos de transe, o teatro, desde os seus primeiros passos, construi-se muito sobre personagens afectadas de comportamentos anómalos. As figuras de Ajax e de Medeia no teatro grego trabalham o mistério do tornar-se outro que afecta alguns humanos em situações limite. O mesmo acontece com as figuras da Ofélia ou do Rei Lear no teatro de Shakespeare. Esse fascínio pela experiência de se perder a si mesmo não será constitutiva da própria prática da construção de personagens?