Cidade e Campo na Antiguidade Tardia

26 Outubro 2015, 10:00 Carlos Jorge Gonçalves Soares Fabião

Cidade e Campo na Antiguidade Tardia:


tradicionalmente a tese sobre a desagregação do Império Romano do Ocidente identifica um processo de decadência urbana e de progressiva ruralizaçao da sociedade. Na presente aula comparam-se alguns casos de cidades e de realidades rurais tentando demonstrar como as cidades conservam o seu dinamismo, consubstanciado na edificação de notáveis complexos residenciais e religiosos, tomando Mértola como exemplo, e de continuidade das práticas artesanais distintas, como a arte de lapicida, bem como o pleno domínio da literacia latina: uma vez mais, Mértola com os seus edifícios religiosos (basílica e baptistérios) e a sua exuberante epigrafia servem de exemplo.
Alguns comentários de comparação com Mérida, onde se verificam análogas actividades.
Por comparação,  elegem-se alguns casos de grandes villae do ocidente, com as suas singularidades: casos de Silveirona, Estremoz (onde se verifica a sobrevivência de hábitos epigráficos e do domínio da literacia em pleno século VI) ou de Torre de Palma, Monforte (onde não se regista qualquer hábito epigráfico, mas se identifica uma forte capacidade de edilícia).
Alguns comentários sobre a singularidade da epigrafia da Antiguidade Tardia.