Sumários
Braga: o campo arqueológico
13 Novembro 2020, 14:00 • Ana Margarida Costa Arruda dos Santos Gonçalves
Para travar a destruição em massa que aqui decorria, foi criado em 1976 o Projecto de Bracara Augusta, que se destinava a salvar a zona Arqueológica de Braga. Este projecto, que possui contornos muito particulares uma vez que foi criado por uma decisão governamental, permitiu a constituição de uma equipa, dependente da Universidade do Minho, para fazer face às intervenções arqueológicas na cidade.
Inicia-se uma série de prospecções e escavações sistemáticas, destinadas a delimitar zonas arqueológicas que deveriam ser preservadas. Nasce assim o Projecto de Salvamento de Bracara Augusta.
Arqueologia urbana em Portugal: Braga como paradigma
6 Novembro 2020, 14:00 • Ana Margarida Costa Arruda dos Santos Gonçalves
O pequeno burgo medieval que se desenvolveu em torno da Sé catedral, sagrada em 1089, deixou fora do seu perímetro cerca de dois terços da anterior cidade de Bracara Augusta. Muitas das construções monumentais da Braga romana terão então sido desmanteladas, fornecendo abundante material de construção à cidade medieva, que não parece ter aproveitado qualquer edifício anterior. Os outros, reduzidos a escombros, terão deixado de ser visíveis durante séculos, transformadas que foram as áreas extra-muros em terrenos de cultivo.Parte da cidade romana será abandonada, a partir do séc. VIII, passando as ruínas dos seus edifícios públicos e privados a servir de pedreira da pequena Braga medieval, enquanto foi seus terrenos se convertiam, aos poucos, em campos de cultivo.
Renascimento: início do longo processo de redescoberta de Bracara Augusta. Recolha de inscrições, descrição de alguns monumentos, ainda pontualmente visíveis.
D. Diogo de Sousa,m a planta de Braunio, D. Rodrigo da Cunha.
Século XIX: Pereira Caldas (1818-1903), Albano Belino (1863-1906) e José Teixeira (1859-1928). Divulgação de novos achados, desenvolvimento do espírito antiquarista.
Criação em 1918 do Museu D.Diogo de Sousa.
O crescimento urbanístico de Braga na primeira metade do séc. XX, continuava a deixar intocados praticamente dois terços da cidade romana, repartidos, até aos anos 60, por grandes quintas. Bracara Augustaconservou-se, assim, quase intacta, fora do perímetro da cidade moderna. Por isso, os conhecimentos sobre a cidade romana não progrediram substancialmente pois faziam-se de achados fortuitos descobertos um pouco ao acaso.
A partir dos anos 60 Bracara Augustacomeçou a ficar verdadeiramente ameaçada, multiplicando-se, desde então, as destruições e, consequentemente, os achados.
Uma expansão urbana que avançou de uma forma descontrolada para terrenos onde, em muitos casos, estavam sepultadas a antiga cidade romana. Este avanço provocou uma destruição irreparável de estruturas e de espólio, fundamentais para ampliar o conhecimento acerca do passado das cidades.
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30 Outubro 2020, 14:00 • Ana Margarida Costa Arruda dos Santos Gonçalves
O exemplo de Saragoça. Cidade exemplo e singular no quadro da Arqueologia da Arquitectura.
Os SIG e a arqueologia urbana
23 Outubro 2020, 14:00 • Ana Margarida Costa Arruda dos Santos Gonçalves
Aplicação dos sistemas de Informação Geográfica à Arqueologia das Cidades. Técnicas e o uso de dados e mapas com os quais se pode localizar, catalogar e quantificar os artefactos encontrados.
Constituem uma ferramenta estruturada, descritiva e analítica para identificar padrões espaciais.
Arqueologia da Arquitectura
16 Outubro 2020, 14:00 • Ana Margarida Costa Arruda dos Santos Gonçalves
Património arquitectónico e igualmente património arqueológico, ou seja, é passível de ser abordado pela metodologia arqueológica.A Arqueologia da Arquitectura é actualmente a forma mais rigorosa para descodificar a história oculta dos edifícios antigos. O método de análise oriundo da arqueologia aplicado ao património arquitectónico, concretamente o estratigráfico.
No edificado são também reconhecíveis processos de estratificação ao nível dos paramentos” - demolições,reconstruções, sobreposições etc.