Apresentação da Unidade Curricular: Conteúdos, Bibliografia e método de avaliação
24 Janeiro 2022, 14:00 • Carlos Jorge Gonçalves Soares Fabião
Arqueologia da Conquista Romana
Objectivos de
aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos
estudantes):
Realizar uma introdução geral aos processos
históricos da conquista romana da Península Ibérica e da sua Romanização,
problematizando a cronologia, natureza e contornos do fenómeno. Realizar uma introdução
ao estudo das realidades arqueológicas do extremo ocidente peninsular no
período compreendido entre os inícios do séc. II a.C. e os fins do I a.C. É
dada particular atenção aos sítios arqueológicos e seus contextos e aos
artefactos, em primeiro lugar, aos importados da Península Itálica, mas também
às transformações observadas na cultura material do ocidente peninsular.
Pretende-se que os estudantes adquiram
conhecimentos sobre o processo de transformação cultural operado pela conquista
romana, em particular, aprendendo a reflectir sobre os processos de transformação
cultural, em geral, e sua interpretação.
Pretende-se que os estudantes adquiram familiaridade
com os contextos e materiais arqueológicos deste período e saibam
reconhecê-los.
Conteúdos programáticos:
Arqueologia Romana: âmbito conceptual e âmbito
cronológico.
A especificidade da Arqueologia Romana no contexto das
"arqueologias".
O estabelecimento de cronologias no âmbito da
Arqueologia Romana.
Conquista Romana e Romanização: significados e
conceitos.
Romanização e a sua visibilidade arqueológica.
A Arqueologia da conquista romana do extremo
ocidente peninsular.
O mundo indígena do extremo ocidente da Península
Ibérica nas vésperas da conquista romana
Estabelecimentos militares romanos: tipologia e
elementos caracterizadores.
Materiais e contextos arqueológicos dos sécs. II / I
a.C. (problemas tipológicos e cronológicos).
Os ritmos da conquista e as suas manifestações
materiais - indícios de romanização nos povoados e cultura material
indígenas.
Caracterização e quadro
conceptual para o estudo das realidades arqueológicas dos sécs. II / I a.C..
Introdução ao estudo dos materiais
arqueológicos dos sécs. II e I a. C, com especial atenção às importações
itálicas.
Arqueologia da Conquista Romana – Referências:
Fabião, C. 2001 - Mundo indígena, romanos e
sociedade provincial romana: Sobre a percepção arqueológica da mudança. (era) Arqueología, 3, p. 108-131.
Hingley,
R. (2005) – Globalizing the Roman Culture. Londres: Routledge
Alarcão, J. 1988 - Roman Portugal, 3 vols., Warminster: Aris & Philips (trad.
port. do 1º vol., O domínio romano em
Portugal, Mem-Martins: Europa-América).
Richardson,
J. S. 1996 - The Romans in
Morillo
Cerdan, A; Aurrecoechea, J. (eds.) 2006 – The Roman Army in Hispania. An
Archaeological Guide. Léon: Univ. de León.
Bishop
M. C.; Coulston, J. C. N. (2006) – Roman Military Equipment. 2ª ed., Oxford: Oxbow Books.
Beltran Lloris, M. 1990
- Guía de la cerámica romana.
Zaragoza: Pórtico.
Os meus trabalhos referidos na lista bibliográfica
estão disponíveis em formato digital aberto no repositório da Faculdade de
Letras da Universidade de Lisboa:
FABIÃO, C. 1998 - O Mundo Indígena e a sua Romanização
na área céltica do território hoje português. 3 vols. Lisboa: Faculdade de
Letras da Universidade de Lisboa (dissertação de Doutoramento policopiada).
FABIÃO, C. 2001 - O Povoamento do Sudoeste Peninsular
na segunda metade do I Milénio a.C.: continuidades e rupturas. In: BERROCAL-RANGEL, L.; GARDES, P. (Eds.) Entre
Celtas e Iberos. Las poblaciones protohistóricas de las Galias e Hispania.
Madrid: Real Academia de la Historia / Casa de Velázquez, p. 227-246.
FABIÃO, C. 2001 - Mundo indígena, romanos e sociedade
provincial romana: Sobre a percepção arqueológica da mudança. (era)
Arqueología, 3, p. 108-131.
FABIÃO, C. (2005) - Arqueologia militar romana da
Lusitania: textos e evidências materiais. Livro do curso sobre Arqueologia
Militar Romana na Europa, Segóvia 2001. Segóvia: Junta de Castilla y León, p. 53-73.
Sobre o conceito de Romanização entendido em múltiplos sentidos e controvérsia v:
Digressus – Supplement 1 'Romanization'? (2003)
http://www.digressus.org/articles/romanization.pdf
Beltrán Lloris,
F. (2017) Acerca del concepto de romanización, in: Tortosa, T.; Ramallo, S. (eds.), El tiempo final de los
santuarios ibéricos en los procesos de impacto y consolidación del mundo
romano, Anejos de AEspA Madrid, 17-26.
WOOLF, G. Beyond
Romans and Natives
https://www.researchgate.net/publication/238400017_Beyond_Romans_and_natives
HINGLEY, R. (2005)
– Globalizing the Roman Culture. Londres: Routledge
https://www.academia.edu/3740858/Globalization_and_the_Roman_empire
VEYNE, P.1975 - Y
a-t-il eu un impérialisme romain? Mélanges de l'École Française de Rome et
Athènes, 87(2), p.793-855.
https://www.persee.fr/doc/mefr_0223-5102_1975_num_87_2_1034
KNAPP, R. C. 1977
- Aspects of the Roman Experience in Iberia, 206-100 B.C., Vitoria (Anejos de
Hispania Antiqva, IX).
2.1.
MORILLO CERDÁN.
A. 1991 - Fortificaciones campamentales de época romana en España. Archivo
Español de Arqueología. 64, p. 135-190.
http://aespa.revistas.csic.es/index.php/aespa/article/view/502
MORILLO CERDÁN,
A. (ed.) 2002 - Arqueología militar romana en Hispania. Madrid: CSIC.
https://dialnet.unirioja.es/servlet/libro?codigo=2983
MORILLO CERDÁN, A;
AURRECOECHEA, J. (eds.) 2006 – The Roman Army in Hispania. An Archaeological Guide. Léon: Univ. de León.
VV.AA. 2014 - Atas Congresso Conquista e Romanização
do Vale do Tejo. Cira-Arqueologia, 3.
http://www.cm-vfxira.pt/pages/317
V. para a questão do armamento, em concreto:
http://www.armatura.connectfree.co.uk/arma.htm
http://www.romanarmy.com/default.htm
http://www.museums.nd.ac.uk/archive/arma
QUESADA SÁNZ, F.
1997 – El armamento ibérico. Estudio tipológico, geográfico, funcional y
simbólico de las armas en la Cultura Ibérica. 2 vols., Ed.
Monique Mergoil (Monographies d’Instrumentum, 3).
https://uam.academia.edu/FernandoQuesadaSanz
E a revista Gladius (artigos vários):
http://gladius.revistas.csic.es/index.php/gladius
Para o tema da cerâmica ver:
ROCA ROUMENS,
M.; FERNÁNDEZ GARCÍA, M. I (dir) (2005) – Introducción al estudio de la
cerámica romana. Una breve guía de referencia. “CVDAS, 1”, Málaga: Universidad
de Málaga.
http://dicocer.syslat.net/
http://archaeologydataservice.ac.uk/archives/view/amphora_ahrb_2005/
http://amphorae.icac.cat/
http://www.gaulois.org/instrumentum/BIBLIO.INSTR.HTM
Normas de Avaliação:
Em
conformidade com o Regulamento Geral de Avaliação da FLUL, o regime de avaliação é contínuo, excluindo-se qualquer prova final.
É
necessária a realização de, pelo menos, duas provas de avaliação, das quais uma
será obrigatoriamente prova escrita presencial de carácter individual.
Os alunos são convidados a
realizar provas de diversos tipos, provas escritas presenciais de carácter
individual; trabalhos (que podem ser individuais ou colectivos), sobre temas
dos conteúdos programáticos; apresentações e participação em debates.
A classificação final é constituída
pela média das classificações obtidas nas duas melhores provas realizadas,
sendo uma, a obtida em prova escrita presencial de carácter individual.