Sumários
Apresentação do programa
15 Setembro 2025, 17:00 • Pierre Marie Bernard Ghislain Lejeune
Data do teste final : 15 de Dezembro
Análise do
Discurso –
Representação
Discursiva, Interdiscurso e Relações Discursivas
2025-26
Nome da unidade
curricular
Análise do Discurso: Representação Discursiva, Interdiscurso e Relações
Discursivas (Mestrado)
Tópicos Avançados de Linguística: Análise do Discurso - Representação
Discursiva, Interdiscurso e Relações Discursivas (Doutoramento)
Docentes responsável
Pierre Lejeune (lejeunepierre@hotmail.com)
Docente convidada
Amália Mendes (amaliamendes@letras.ulisboa.pt)
Objetivos de
aprendizagem
Esta unidade curricular procura mostrar como o
discurso (em particular escrito) pode tornar-se objeto de investigação
universitária: como equacionar um problema de investigação, como constituir
um corpus, como selecionar as marcas textuais relevantes para a
análise, como relacionar as observações linguísticas com os géneros textuais,
as estratégias de persuasão ou as problemáticas sociais, institucionais ou
ideológicas.
Conteúdos
programáticos
1. Noções introdutórias
1.1 A Análise do Discurso como estudo da interface entre o texto e um
espaço social
1.2 As funções da linguagem e as suas marcas textuais linguísticas
1.3 Co-texto e contexto
1.4 Noções de género e sequência textuais
1.5 Enunciação, instâncias subjetivas
e dialogismo
2 Algumas perspetivas sobre o discurso
2.1 Representações discursivas: ethos
discursivo, framing e metáfora
2.2 Ideologia e relações de poder
2.3 Argumentação
2.4 Ironia
2.5 Linguística
de corpus
3 Ferramentas para a análise:
3.1. A referência pessoal: pronomes. cadeias referências e formas de
apagamento das instâncias subjetivas
3.2 Marcadores de modalidade (epistémica, deôntica e avaliativa);
3.3 Marcadores metadiscursivos;
3.4 Metáfora, metonímia e frames
3.5 Elementos implícitos do discurso: pressuposição/preconstrução,
implicaturas conversacionais, marcadores dialógicos
3.6 Softwares para
análise de discurso
3.7 Relações
discursivas e marcadores discursivos
Metodologia e
Avaliação
As aulas incluem:
- a discussão de textos
teóricos;
- a apresentação dos conceitos
e das ferramentas linguísticas necessárias à análise;
- a análise prática de textos
pertencentes a alguns géneros representativos;
-
a apresentação oral por cada aluno de uma pequena amostra do corpus original
analisado na monografia.
A nota da disciplina será ponderada da seguinte maneira:
Teste presencial: 40 %
Apresentação oral: 10 %
Monografia (de 15 a 25 páginas): 50 %
Bibliografia
Alves A. (1995), Argumentação
e Análise do Discurso na Perspectiva de O. Ducrot. Centro de Estudos de
Comunicação e Sociedade, Universidade do Minho.
Amossy, Ruth. 2010. La
présentation de soi. Ethos et identité verbale. Paris : PUF.
Authier-Revuz J. (1995), Ces
mots qui ne vont pas de soi. Boucles réflexives et non-coïncidences du dire.
Paris : Larousse.
Authier-Revuz J. (2011), «Dizer ao outro no já-dito:
interferências de alteridades – interlocutiva e interdiscursiva – no coração do
dizer,» Letras de Hoje, Porto Alegre,
v. 46, n. 1, 6-20.
Authier-Revuz J. (2019), Représentation du discours autre. Principes pour une description. Berlim :
De Gruyter.
Baker P.
(2012). Using Corpora in Discourse Analysis. Londres: Continuum.
Bakhtine M. (1984), Esthétique de la création verbale. Traduzido
do russo por A. Aucouturier, Paris, Gallimard. (Tradução Portuguesa da tradução
francesa: Estética da Criação verbal, São Paulo, Martins Fontes 1997)
Bargiela-Chiappini
F. (2009). The Handbook of Business Discourse. Edinburgh University
Press.
Bhatia V.
K. (1993) . Analysing genre. Language Use in
Professional Settings. London: Routledge.
Boréus K. &
Bergström G. (eds) (2017). Analyzing text
and discourse : eight approaches for the social sciences. Londres :
SAGE.
Clark H. &
Gerrig R. (2007). «On the Pretense Theory of Irony». In
Gibbs/Colston 2007: 25-55
Eco U. (1983), Lector
in fabula: a cooperação interpretativa nos textos literários.
Tradução de Mário Brito. Lisboa: Presença.
Fairclough N. (2003). Analysing
discourse: Textual Analysis for Social Research. London: Routledge. |
Fillmore Ch. J. & Baker C. (2010). «A
Frames Approach to Semantic Analysis.».
In Heine B. & Heiko N. (eds.) : The
Oxford Handbook of Linguistic Analysis (pp 313-339). New York: The Oxford
University Press.
Gibbs, R.W. Jr/Colston, H. L. (eds.)
(2007). Irony in Language and Thought. A
Cognitive Science Reader. New York : Lawrence Erlbaum Associates
Grice P.
(1989a) «Logic and conversation». In
Paul Grice (ed.), Studies in the Way of
Words (pp. 22-40). Harvard University Press, 1967/1975.
Grice P.
(1989b) «Further notes on Logic and
conversation». In Paul Grice (ed.), Studies in the Way of Words (pp. 41-57).
Harvard University Press, 1967/1975
Jameson D. &
Brownell, J. (2012). «Going Green: How Organizations Use Narrative to Build
Commitment to Environmental Values». In R. Walker & J. Aritz (eds.), Discourse Perspectives on Organizational
Communication (pp. 225-260). Lanham, US : Fairleigh Dickinson
University Press.
Krieg-Planque A. (2012). Analyser les discours institutionnels. Paris : Armand Colin.
Lopes A. M. C.
(2018). Pragmatica.
Una introdução. Imprensa da Universidade de Coimbra.
Machin, D. and
Mayr, A. (2012). How to do critical
discourse analysis. A multimodal introduction. Londres: SAGE.
Maingueneau, D. (2022). L’ethos
en analyse du discours.Louvain-la-Neuve : Academia).
Nisbet, M.C.
(2009). «Communicating Climate Change: Why Frames Matter to Public Engagement».
Environment, Vol. 51 nº 2. 514-518.
Oliveira
F. e Mendes A. (2013) «Modalidade». In
Raposo, Eduardo B. Fernanda Bacelar do Nascimento, M. Antónia Coelho da Mota,
Luísa Segura e Amália Mendes (orgs,), Gramática do Português, vol.
I (pp 623-669). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Ranger G.
(2018). Discourse markers. An enunciative approach. Cham :
Palgrave- Macmillan.
Ruiz-Garrido, M. F., Fortanet-Gómez, I.,
Palmer-Silveira, J. C. (2010). «Introducing
British and Spanish companies to investors: Building the corporate image
through the chairman’s statement.». In R. Walker & J. Aritz (eds.), Discourse Perspectives on Organizational
Communication (pp 159-178). Lanham, US : Fairleigh Dickinson
University Press.
Scheufele D.
(1999). «Framing as a Theory of Media Effects». Journal of Communication 49(1):103-122.
Van Dijk T. (2005) Discurso, Notícia e
Ideologia. Estudos na Análise Crítica do Discurso. Lisboa: Campo das Letras.
Wilson, D. & Sperber, D. (2012). «Explaining
irony.» In D. Wilson,& D. Sperber. Meaning and Relevance (pp. 123-145). Cambridge:
Cambridge University Press.