Akira Kurosawa, "Viver" (1)

4 Abril 2019, 10:00 Fernando Guerreiro

Akira Kurosava, "Viver" (1952)
1. Kurosawa no pós-guerra: um cinema humanista, dostoyewskiano e do sujeito=indivíduo
2."Viver" (1952)
2.1. a doença como metáfora: da morte à vida; sentido intransitivo da forma verbal "Ikiru" (viver);
2.2. Watanabe: um herói moderno, existencialista e brechtiano;
2..3. uma estética (moderna) da agressão: excesso, montagem cortante, descontinuidade som/ imagem;
2.4.complexidade da estrutura narrativa: a "voz-sobre"; dos colegas e família; Toyo e o grupo das mulheres (a "emoção" como crítica da retórica do discurso burocrático masculino);
2.5. um filme estruturado pelo "vazio" (elipse) da morte e dado entre duas imagens: a da radiografia e a do retrato de Watanabe no velório;
2.6. cinema e vida: a prorura de algo "maior" ("mais directo") do que a "arte"; a figura (metáfora) do brinquedo construído por Toyo.
* projecção (comentada) dos primeiros 30mn do filme
Bibliogrfia: texto de Tadao Sato sobre o cinema japonês durante e depois da IIª Grande Guerra e de Noel Burch sobre o filme de Kurosawa