O Cinema de Terror japonês. Kenji Mizoguchi

11 Abril 2019, 10:00 Fernando Guerreiro

O Cinema de Terror japonês

1. Fantástico clássico (anos 50): duas vias de entrada: 1) o teatro Kabuki (teatro simbólico de efeitos/ atracções: os "keren"): excitação sensorial= sensacionalista do cérebro por todos os meios (Eisenstein);  2) o Gótico Endo: perda simbólica da figura do samurai  -conflito individualismo (vs) código de honra -, com a figura da "mulher" ( sofredora) como salvaguarda da tradição;

2. características: 2.1) continuidade entre os planos da vida e da morte; 2.2.)corporalidade do fantasma; 2.3.sua eficácia; 2.4.uso de objectos0fétiches (exorcismos): 2.5. todos os actos t^m consequência ("karma"); 2.6 retorno do recalcado.


Kenji Mizoguchi, "Contos da Lua Vaga depois da Chuva" (1953)

1. o carácter ornamentaldo Cinma clássico japonês (anos 30/40) (David Bordwell;

2, a concepção "composicional" da forma em Mizoguchi: 2.1. o uso do "long shot" e do plano-seq^ncia ("long take"); 2.2. uma forma fluída, volumétrica, incorporando a dimensão do Tempo

"Contos da Lua Vaga depois da Chuva" (1953)

1. uma alegoria da guerra;

2.três registos expressivos: i) naturalista (a guerra); ii) a rarefacção caligráfica/ estética do "vazio" na representação da Natureza; iii) ornamental : a questão do "belo" ("procurara o belo na sombra", Tanikazi) (a mansão de lady Wakasa).

* projecção de 3 segmentos de "Ghost Story of  Yotsua"  " de Nabuo Nakagawa (1959)