A dupla tomada de poder do Rei (Luís XIV): Versailles

21 Fevereiro 2017, 10:00 Fernando Guerreiro

3.3. a dupla tomada de poder de Luís XIV (1661): i) na História (poder pessoal=absoluto) e na Natureza (Versailles); ii) a questão (política, simbólica) da residência do Rei: Louvre= Paris >o Rei na Nação (Colbert)/ Versailles > Rei na natureza (mundo); iii) dupla noção de "arte": nacional= centralizada, útil (Colbert)/  "grand Goût"=arte de corte (Rei);
4. Versailles: o retrato do Rei na natureza (L. Marin): 4.1. triplo processo de i) culturização da natureza (textualização do terreno), ii) naturalização do poder, iii)novo rei = nova natureza (Elizabeth MacArthur); 4.2. Versailles como objecto múltplo (polifuncional). 4.2.1. Dois vectores: i) arquitectónico= funcional (plano simbólico, económico) e ii) de espectáculo= aparato (plano imaginário, estético); 4.2.2. Como espaço fabuloso (mágico) e moderno: i) a "grotte de Thétis"como "objecto poético" (barroquizante):ii)  o tropo da "água": da escassez e da inércia ao movimento e abundância; sinestesia da Metáfora("l'onde sert de flambeau/ usage tout nouveau", La Fontaine); iii) nova relação entre "arte" (técnica) e "natureza": não só a "embeleza" como a "ultrapassa" (ou mesmo "força") (Madeleine de Scudéry, "La promenade de Versailles", 1669)
Bibliografia: textos de Louis Marin e Elizabeth Mac Arthur na Antologia