A cidade romana: ritual de fundação e modelos teóricos / Reordenamento político e administrativo de Augusto e o processo de urbanização de Lusitânia. (
1 Outubro 2019, 12:00 • Jesus Acero Pérez
A CIDADE ROMANA: RITUAL DE FUNDAÇÃO E MODELOS TEÓRICOS
1. O conceito de cidade em Roma
2. A eleição do local de implantação
3. O rito da fundação das cidades romanas
4. O modelo teórico do urbanismo romano
5. Tipos de cidades segundo o estatuto jurídico
PROCESSO DE URBANIZAÇÃO DE LUSITÂNIA
1ª fase: Augusto
- Fim da conquista romana de Hispania e início do Império
- Reorganização administrativa de
Hispania em três províncias:
Hispania Ulterior Baetica; Hispania Ulterior Lusitania; Hispania Citerior Tarraconensis
- Criação dos
conventus iuridici. Em Lusitânia três
: conventus emeritensis; conventus pacensis; conventus scallabitanus - Planificação de uma rede viária: calçadas, pontes e marcos miliários
- Urbanização
- Processo duplo: cidades implantadas sobre aglomerados indígenas pré-existentes e fundação de novas cidades
- O estatuto jurídico das cidades de Lusitânia segundo Plínio-o-Velho: 5 colónias: Augusta Emerita, Metellinum, Pax Iulia, Norba Caesarina, Scallabis; 1 município de cidadãos romanos: Felicitas Iulia Olisipo; 3 oppida de direito latino: Ebora Liberalitas Iulia, Myrtilis, Salacia; 36 civitates estipendiárias.
- Delimitação do território das novas cidades através de termini augustales.
- Construção de obras públicas e monumentalização através da iniciativa imperial ou da munificência privada (evergetismo).
- Uso de pedras locais estucadas. Ausência de mármore.
2ª fase: Época júlio-claudiana (14-68 d.C.)
- Novos projetos de monumentalização
- Embelezamento dos monumentos já existentes.
- Desenvolvimento do culto imperial
- Evergetismo imperial e privado - Emprego de mármore
3ª fase: Época flaviana (69-96 d.C.) e antonina (96-192 d.C.)
- Vespasiano: Edito de Latinidade (74 d.C).- Promoção das cidades até então não privilegiadas ao estatuto de municipium latinum/flavium.
- Programas de renovação urbanística relacionados com o novo estatuto e/ou com o culto imperial.
- Evergetismo imperial e privado
- Emprego de mármore
4ª fase. Baixo-Império séculos III-V:
- Processo de transformação da cidade clássica- Deterioração progressiva dos edificios públicos e abandono final
- Emergência do cristianismo: primeiros edifícios cristãos
- Desestruturação do desenho urbano reticular oNovos amuralhados urbanos
- Enterramentos intramuros
- Remodelação do teatro e circo
- Desenvolvimento da arquitectura doméstica