Reordenamento político e administrativo de Augusto e o processo de urbanização de Lusitânia.

9 Outubro 2018, 12:00 Jesus Acero Pérez

PROCESSO DE URBANIZAÇÃO DE LUSITÂNIA

1ª fase: Augusto

- Fim da conquista romana de Hispania e início do Império- Reorganização administrativa de Hispania em três províncias: Hispania Ulterior Baetica; Hispania Ulterior Lusitania; Hispania Citerior Tarraconensis
- Criação dos conventus iuridici. Em Lusitânia três : conventus emeritensis; conventus pacensis; conventus scallabitanus
- Planificação de uma rede viária: calçadas, pontes e marcos miliários
- Urbanização
  • Processo duplo: cidades implantadas sobre aglomerados indígenas pré-existentes e fundação de novas cidades
  • O estatuto jurídico das cidades de Lusitânia segundo Plínio-o-Velho:  5 colónias: Augusta Emerita, Metellinum, Pax Iulia, Norba Caesarina, Scallabis; 1 município de cidadãos romanos: Felicitas Iulia Olisipo; 3 oppida de direito latino: Ebora Liberalitas Iulia, Myrtilis, Salacia; 36 civitates estipendiárias.
  • Delimitação do território das novas cidades através de termini augustales
  • Construção de obras públicas e monumentalização através da iniciativa imperial ou da munificência privada (evergetismo).
  • Uso de pedras locais estucadas. Ausência de mármore.

2ª fase: Época júlio-claudiana (14-68 d.C.)

- Continuação dos projetos de urbanização iniciados por Augusto
- Novos projetos de monumentalização 
- Embelezamento dos monumentos já existentes.
- Desenvolvimento do culto imperial
- Evergetismo imperial e privado - Emprego de mármore

3ª fase: Época flaviana (69-96 d.C.) e antonina (96-192 d.C.)

- Vespasiano: Edito de Latinidade (74 d.C).
- Promoção das cidades até então não privilegiadas ao estatuto de municipium latinum/flavium.
- Programas de renovação urbanística relacionados com o novo estatuto e/ou com o culto imperial.
- Evergetismo imperial e privado
- Emprego de mármore

4ª fase. Baixo-Império séculos III-V:

- Processo de transformação da cidade clássica
  • Deterioração progressiva dos edificios públicos e abandono final
  • Emergência do cristianismo: primeiros edifícios cristãos
  • Desestruturação do desenho urbano reticular oNovos amuralhados urbanos
  • Enterramentos intramuros
- Augusta Emerita capital da Diocese da Hispânia (s. IV)
  • Remodelação do teatro e circo
  • Desenvolvimento da arquitectura doméstica