Eneida: do canto VI ao canto XII. A grande síntese da epopeia virgiliana

19 Dezembro 2017, 16:00 Abel Pena

Estrutura e simbolimo do canto VI. O canto VI como cerne do poema épico virgiliano. Modelo homérico e superação. A chegada a Cumas. Cumas na história da colonização grega. Do templo de Apolo ao antro ctónico da Sibila. Em busca do pai Anquises. Eneias e a Sibila de Cumas. A catábase de Eneias e as grandes catábases da Antiguidade. A descida de Eneias aos Infernos (Inferi) como modelo das 'viagens ao além' no imaginário medieval.  O ramo de ouro na teoria de J. G. Frazer. A Sibila no papel de guia psicopompo. O Averno. Geografia e topografia do mundo infernal, Locus horribilis. Figuras e personagens do Averno. penas e castigos no Averno. Mito, história e imaginário ocidental.  O locus amoenus. Museu, optime uates. Do poeta Museu a Dante e à leitura alegórica do poema. Eneias diante de Anquises. Metemsomatose e metempsicose: passado, presente e futuro. Os homens ilustres de Roma, ascendências e descendências. Significado destas teorias no contexto cultural, político e religioso de Roma no tempo de Augusto. Conclusão: o canto VI como convergência isotópica para a glorificação de Roma e de Augusto. Cantos VII-XII. As guerras no Lácio. Episódio de Nilo e Euríalo. O combate singular entre Eneias e Turno. 

Augusto, a Eneida e Roma. Antiguidade e actualidade. Ideologia e propaganda augustana. Heróis e figuras da Eneida. Eneias e os heróis homéricos; Eneias e os heróis da Eneida, Eneias e Turno.   A pietas de Eneias. Eneias, herói de destino e de missão ou herói estóico? Fatum e Prouidencia, duas entidades em discussão. Princípios e valores na Eneida. Novas perspectivas sobre o poema épico vergiliano. Roma, epónimo de Rómulo, irmão fratricida. A Eneida e a herança greco-latina: língua e cultura, humanitas e universitas.


Obra de consulta: J.G. Frazer, The Golden Bough, 11 vols., 1911-1915, trad. Castelhana, La Rama Dorada, Fondo de Cultura Economica, 3ed. México, 1956.