Zona de contacto e os seus fenómenos

5 Fevereiro 2020, 08:00 Marta Pacheco Pinto

Iniciou-se a aula com uma actividade de avaliação formativa, com a duração de 2 minutos. Entrou-se, depois, no tópico da sessão: uma aproximação etnográfica à comunicação intercultural. Partiu-se da discussão colectiva de um excerto do Tratado das contradições e diferenças de costumes entre a Europa e o Japão (1585), de Luís Fróis, enquanto exemplo de representação etnográfica, e analisaram-se as estratégias de comparação contrastiva e suas implicações para a concepção e representação do elemento estrangeiro (o Japão). Para traçar um breve panorama da crise da representação etnográfica, que marcou as décadas de 1970 a 1990, assim preparando também a leitura dos textos das próximas sessões, exibiu-se um documentário de 1954 da Missão Antropológica de Timor, para comentar a autoridade da voz do etnógrafo, e discutiu-se a ideia de cultura e de etnografia como textos (ficções). Foi com este enquadramento que se apresentou e discutiu o conceito de “zona de contacto” e seus produtos ou fenómenos (auto-etnografia, transculturação, comunicação intercultural), conforme desenvolvidos por Mary Louise Pratt (1991).