Tolerância e cosmopolitismo

9 Abril 2021, 17:00 Marta Pacheco Pinto

Concluiu-se a leitura do artigo “Os limites da tolerância – as ‘lições’ do Holocausto” (2004), de António Sousa Ribeiro, que apela a que a tolerância não se resuma ao reconhecimento da diferença, mas antes a entenda como parte da identidade própria e privilegie o princípio de diálogo, o qual pode permitir a emergência de identidades abertas e plurais, tal como a identidade cosmopolita. O cosmopolitismo, enquanto ética fundada no respeito pelo valor e pela dignidade humanos, na curiosidade pela diferença e na acomodação à diversidade cultural, foi discutido à luz do capítulo “Making Conversation” de Kwame Anthony Appiah, em Cosmopolitanism: Ethics in a World of Strangers (2006). Partindo da ética cosmopolita exposta por Appiah, discutiram-se, com base na projeção de imagens, os exemplos de Macau e de Tóquio enquanto cidades que são multiculturais, mas também cosmopolitas.