Depois de Constantino: urbanismo, eusebianismo e episcopalismo – um império romano e cristão.
27 Setembro 2019, 14:00 • Rodrigo Furtado
I. Um grande escritor: Eusébio de Cesareia.
- A História Eclesiástica e a Crónica. Os textos finais: a Vida de Constantino e o Louvor de Constantino.
II. O Louvor de Constantino: os tricennalia (25 de Julho de 336).
1. Prólogo e laus 1: a metáfora do ‘Grande imperador’ e o louvor universal.
2. Laus 2: a origem divina do poder; o papel do imperador cristão.
3. Laus 3: a recusa explícita da democracia/república. O triunfo da ideologia monárquica cristã.
III. O problema da conversão de Constantino.
1. O sonho da véspera da ponte Mílvia: o . A visão: Ἐν τούτῳ νίκα/in hoc signo uinces.
IV. Um imperador cristão?
1. O edicto conjunto “de Milão” e a tolerância do Cristianismo (313).
2. O favorecimento do Cristianismo: a devolução da propriedade; a isenção de impostos; a isenção do serviço decurial; a construção de basílicas: São Pedro; São Paulo; Santo Sepulcro; os primeiros apelos ao imperador como árbitro (317); a intervenção nas discussões doutrinais: o concílio de Niceia (325).
3. O Cristianismo como padrão social e cultural. Uma conversão ‘de cima para baixo’.
4. As maiores resistências: o mundo rural; as legiões; os filósofos.
V. A evolução da concepção republicana: o ‘urbanismo político’.
1. O elemento colectivo da República romana. Qual o seu lugar, quando o império prescinde de Roma?
2. A defesa da preeminência simbólica da Vrbs: os senadores e o seu prestígio. Símaco e o caso da altar da Victória.
VI. O eusebianismo político: o triunfo das ideologias monárquicas.
1. As raízes pré-clássicas e helenísticas das concepções monárquicas clássicas.
2. Humanização, distância e sacralização: o imperador não é Deus; etiqueta distanciadora; o papel do incenso e do trono; o praepositus sacri cubiculi e os castrenses/cubicularii.
3. Imperador e Hier-arquia. A reprodução na terra da hierarquia celeste. A escolha do Imperador por Deus.
VII. O episcopalismo de Ambrósio de Milão.
1. O caso do altar da Victória e a ‘guerra’ com o Senado;
2. O conflito com a imperatriz Justina e a proibição das igrejas arianas de Milão.
3. O massacre de Tessalónica e o conflito com Teodósio I (390).
4. A submissão ideológica do imperador ao bispo e a defesa do império cristão.