Niceia (325) – Constantinopla (381) – Éfeso (431) – Calcedónia (451): sobre Deus e sobre o império..
1 Outubro 2019, 14:00 • Rodrigo Furtado
I. O Arianismo – Niceia (325):
1. O que é uma heresia? Heresia e contexto cultural. Ortodoxia como construção.
2. Ário (256?-336): um sacerdote que se incompatibiliza com Alexandre de Alexandria. Concílios locais e violência entre partes.
3. Subordinacionismo ou Coordenacionismo (no tempo e na essência)? Uma divindade una ou uma divindade trina? Igualdade ou diferença? Criatura?
4. Eusébio de Cesareia: entre apoiante de Ário e subscritor de Niceia.
5. O Arianismo e a discussão acerca do lugar de Cristo na Trindade. A substância do Filho, as doutrinas de Ário e o concílio de Niceia (325). A presidência imperial. ‘Filho unigénito’?; ‘nascido do Pai antes de todos os séculos’?; ‘Deus de Deus’?; ‘Gerado não criado’?; ‘Consubstancial ao Pai’?.
6. Uma ambiguidade não resolvida: a corte de Constantino era arianista? Os concílios de Tiro (expulsão de Atanásio) e de Jerusalém (perdão a Ário). O Louvor a Constantino e o Arianismo.
7. O papel de Helena e a sua promoção a Augusta (324): a invenção da Santa Cruz, a Igreja da Natividade em Belém e a da Ascensão no Monte das Oliveiras – a família imperial como imagem da ‘sagrada família’.
II. Constantinopla (381).
1. Valente (364-378): o arianismo e o desastre de Adrianópolis.
2. Teodósio (379-395):
2.1 convoca o concílio de Constantinopla, mas não participa nas sessões.
2.2 O triunfo de Niceia e a proclamação de Arcádio como co-imperador (383). A legitimação religiosa dos pares imperiais: Teodósio – Arcádio.
2.3 O modelo veterotestamentário: o imperador escolhido por Deus. A diferença entre as visões de Constantino e de Teodósio: a conversa com os apóstolos João e Filipe antes da batalha do Rio Frígido (394).
III. Éfeso (431) e Calcedónia (451).
1. Os concílios de Éfeso (431) e de Calcedónia (451).
2. A Augusta virgem, Pulquéria (ca. 398-9; 414; 450; 453) e o debate sobre as duas naturezas de Cristo – Monofisismo vs. Nestorianismo e a Theotokos: Nestório de Constantinopla e a defesa de Maria como Christotokos Vs. Cirilo de Alexandria.
3. O casamento de Pulquéria e Marciano (450). A identidade implícita entre Maria e Pulquéria.
4. A derrota do Monofisismo em Calcedónia: ἐν δύο φύσεσιν ἀσυγχύτως, ἀτρέπτως, ἀδιαιρέτως, ἀχωρίστως – in duabus naturis inconfuse, immutabiliter, indivise, inseparabiliter.
IV. As migrações/invasões bárbaras: que futuro para a cultura e o poder?