Comunicação política

4 Dezembro 2020, 12:30 João dos Santos Ramalho Cosme

Política e comunicação: Uma relação inevitável. Na política, como qualquer acto social, quando se quer reivindicar, persuadir ou mobilizar, é preciso comunicar. Processo de comunicação e suas componentes: emissor, receptor, mensagem, canais de transmissão e retro-alimentação. No processo de comunicação, a retroacção pode ser realizada através do «modelo telégrafo» ou através do «modelo orquestra». Explicação de cada um destes modelos. O Surgimento das tecnologias de Informação e Comunicação e respectivas consequências ao nível da comunicação política. A WWW (internet) facilitou o desenvolvimento duma rede permanente e a multi-lateralidade. Os efeitos da Comunicação de Massas (Três visões):  1- Num 1º tempo valorizou-se o papel do emissor. As massas eram um elemento passivo. Precisamente em 1939, Tchakotine publicou um livro com o título: “A violação das massas”. Nele alertava para o perigo dos demagogos usarem a comunicação a seu favor. Num segundo momento, criticou-se esta ideia dizendo que o receptor não é passivo. Defende-se, então, que o receptor tem uma palavra, pois busca o que quer. É cúmplice da comunicação. A comunicação limita-se a fortalecer as atitudes e opiniões prévias do sujeito. Actualmente, com o desenvolvimento do audiovisual, passou-se do conteúdo para a forma de transmissão desse conteúdo. O importante não é a mensagem mas o meio de a transmitir. Por esta razão, deve ter-se em conta as variáveis do processo de comunicação, como a visualização, espectacularidade, brevidade e personagem. Com a televisão condiciona-se a forma do perceber e compreender a política. É um combate entre personagens telegénicas. Quem não cumpre as condições impostas pela comunicação social é marginalizado.