Leitão de Barros e o Modernismo cinematográfico porttuguês

18 Fevereiro 2016, 12:00 Mário Jorge Torres Silva

A relevância de Leitão de Barros no final do chamado Cinema Mudo: a relação entre documentário e ficção; o cineasta, o pintor e o jornalista; das primeiras comédias curtas ao imaginário da Nazaré, aproveitando o tipicismo e a paisagem.

Início do visionamento comentado de Maria do Mar (1930): a problemática do cinema mudo e o acrescento, por vezes aleatório de bandas sonoras, sem controlo do cineasta; a dramatização da acção e o uso de actores com distintas formações e de de proveniências diversas - dos teatrais Alves da Cunha ou Adelina Abranches aos cinematográficos Oliveira Martins ou Rosa Maria; o início cubista do filme, sobrepondo o casario; a sequência do naufrágio e o seu valor dramático; o erotismo e a sequência da salvação da protagonista; o uso do folclorismo nazareno como imagem de marca que irá prolongar-se na cultura nacional, de Os Pescadores de Raúl Brandão ao neo-realismo de Alves Redol e Manuel Guimarães; a filmagem do mar e dos barcos, enquanto fundo documental e traço estilístico; os intertítulos e a sua função explicativa ou substitutiva; problemas de restauro e as razões da utilização de uma cópia (a única disponível em suporte vídeo) com deficiente definição de imagem e com cortes devido ao desenquadramento.