Sumários

O Nascimento na Idade Média

10 Outubro 2019, 18:00 Ana Maria Seabra de Almeida Rodrigues

Fontes para o estudo da “ciência” médica e das crenças e práticas populares: os autores da Antiguidade Clássica e da Civilização Islâmica, conhecidos através de traduções; os autores medievais. O papel do homem e da mulher na geração; teorias hipocrática e aristotélica. A matriz feminina e a formação do feto; a introdução da alma no feto. O regime da mulher durante a gravidez. O parto e as suas complicações. 

 

Bibliografia 

AGRIMI, Jole, «Autorità di una autrice e delegittimazione del suo sapere: Trotula», in Scrittura e Memoria della Filosofia. Studi offerti a Fulvio Papi per il suo settantesimo compleanno, a cura di Silvana Borutti. Milano: Mimesis, 2000, p. 147-156. 

GRMK, Mirko (dir.), Histoire de la pensée médicale en Occident, vol. 1. Antiquité et Moyen Age. Paris: Seuil, 1995.  

NUTTON, Vivian, «Galen of Pergamum», in Hubert Cancik and Helmut Schneider (ed.), Brill’s New Pauly. Encyclopaedia of the Ancient World. Antiquity. Leiden-Boston: Brill, 2002, vol. 5, col. 654-61.  

LAURENT, Sylvie, Naître au Moyen Age. De la conception à la naissance : la grossesse et l’accouchement (XIIe-XVe siècle), Paris, Le Léopard d’Or, 1989.  

THORNDIKE, Lynn, A History of Magic and Experimental Science. 2nd printing, vol. II. New York: Macmillan, 1929. 


A sexualidade na Idade Média

3 Outubro 2019, 18:00 Ana Maria Seabra de Almeida Rodrigues

A transformação do pecado original num pecado da carne. O "fruto permitido": a lenta elaboração do sacramento do matrimónio; a sexualidade regrada dos esposos cristãos e a continência periódica. O "fruto proibido": a contraceção, o aborto, o infanticídio; o adultério; a prostituição; a homossexualidade masculina e feminina. 

 

Bibliografia: 

 

Marcel BERNOS, Philippe  LÉCRIVAIN, Charles de la RONCIERE, Jean GUYNON, O Fruto Proibido, Lisboa, Ed. 70, 1991. 

Vern L. BULLOUGH, James A. BRUNDAGE (ed.), Handbook of Medieval Sexuality, London / New York, Garland Publ., 1996. 

Georges DUBY (introd.), Amor e sexualidade no Ocidente. Lisboa, Terramar, 1990. 

Georges DUBY, O cavaleiro, a mulher e o padre, Lisboa, Ed. D. Quixote, 1988. 

Georges DUBY, As três ordens ou o imaginário do feudalismo, Lisboa, Ed. Estampa, 1982. 

Jean-Louis FLANDRIN, Un temps pour embrasser. Aux origines de la morale sexuelle occidentale (VIe-XIe siècles), Paris, Seuil, 1983. 

Sylvie LAURENT, Naître au Moyen Age. De la conception à la naissance : la grossesse et l’accouchement (XIIe-XVe siècle), Paris, Le Léopard d’Or, 1989. 

Jacques LE GOFF e Nicolas TRUONG, Une histoire du corps au Moyen Âge, s. l., Liana Levi, 2003. 

Karma LOCHRIE, Peggie McCRACKEN, James A. SCHULTZ (ed.), Constructing Medieval Sexuality, Minneapolis / London, University of Minnesota Press, 1997. 

Jean-Pierre POLY, Le chemin des amours barbares. Genèse médiévale de la sexualité européenne, Paris, Perrin, 2003. 


O Cristianismo e a luta contra as crenças e práticas anteriores

26 Setembro 2019, 18:00 Ana Maria Seabra de Almeida Rodrigues

Crenças e práticas em geral e no âmbito religioso: as definições das Ciências Humanas, da Filosofia e da Teologia. Ritos e rituais na Antropologia, na Sociologia e na História.  

O "paganismo" denunciado pelos autores cristãos: cultos tardo-romanos; revivalismo de crenças e práticas pré-romanas durante as invasões bárbaras; os cultos trazidos pelos invasores. As medidas tomadas pela Igreja para combater esse paganismo: destruição de lugares e objectos de culto; sua substituição por cultos cristãos. O calendário litúrgico e a sua relação com festas pagãs desviadas do seu sentido inicial. A persistência das práticas mágicas e divinatórias no quotidiano medieval e a perseguição das "superstições": doutrinação, penitência. 

 

Análise do texto de Martinho de Braga, Instrução pastoral sobre superstições populares. De correctione rusticorum (Edição, tradução, introdução e comentários de Aires A. Nascimento, com a colaboração de Maria João V. Branco, Lisboa, Edições Cosmos, 1997). 

 

Bibliografia 

CAZENEUVE, Jean, “Rites”, Encyclopaedia Universalis, v. 20, Paris, 1992, pp. 64-65. 

LE GOFF, Jacques, “Cultura clerical e tradições folclóricas na civilização merovíngia”, in Para um novo conceito de Idade Média. Tempo, trabalho e cultura no Ocidente, Lisboa, Ed. Estampa, 1980, pp. 207-219. 

RICŒUR, Paul, “Croyance”, Encyclopaedia Universalis, v. 6, Paris, 1993, pp. 870-877.  

SCHMITT, Jean-Claude, História das Superstições, Lisboa, Publ. Europa-América, 1997. 

SCHMITT, Jean-Claude, “Religion populaire et culture folklorique”, Annales, Economies, Sociétés, Civilisations, 1976, pp. 941-953. 

SCHMITT, Jean-Claude, “Les Superstitions”, in Histoire de la France Religieuse, dir. J. LE GOFF e R. REMONDON, vol. 1, Paris, Seuil, 1988, pp. 416-551. 

SINDZINGRE, Nicole, “Rituel”, Encyclopaedia Universalis, Paris, 1992, v. 20, pp. 68-71.

WEIL, Eric, “Pratique et praxis”, Encyclopaedia Universalis, Paris, 1992, v. 18, pp. 869-872. 


Apresentação

19 Setembro 2019, 18:00 Ana Maria Seabra de Almeida Rodrigues

Apresentação do programa, da bibliografia e do modo de avaliação, com base no PPT "Como fazer um trabalho de investigação". 

 

A avaliação consistirá num trabalho de síntese a apresentar oralmente na aula, numa data previamente marcada, e a entregar por escrito até uma semana mais tarde, valendo 70% da nota. Os restantes 30% serão atribuídos à participação nas análises de textos e debates realizados na aula. 

 

O horário de atendimento é às 5ªs feiras, das 15h00 às 17h00, na sala 1.20. Há um sítio na plataforma de e-learning dedicado a esta UC ("Crenças e Práticas em Torno da Vida e da Morte [19/20]"), onde serão depositados os PPT apresentados, assim como os textos e artigos a comentar nas aulas e todos os demais documentos considerados pertinentes.