Linhas de Força do 1º Programa de Ways of Seeing no Seu Todo

20 Março 2018, 10:00 Alcinda Maria Pinheiro de Sousa

  • Após os cerca de 6 minutos do início de Ways of Seeing (no respeitante aos quais foram enfatizadas, durante a sessão de trabalho de 9 de Março passado, 4 afirmações básicas), deu-se relevo às seguintes questões para o restante programa: 1) o que se entende por «Autenticidade» (conforme Glossário de Sturken and Cartwright, Practices of Looking); 2) o significado da obra de arte pictórica relativamente ao seu valor de mercado; 3) por serem silenciosas e estarem paradas no tempo, as imagens pictóricas apresentaram-se sempre, antes de poderem ser mecanicamente reproduzíveis, como corredores que ligam os momentos que representam àqueles em que são contempladas; 4) precisamente por serem silenciosas e estarem paradas no tempo, e por terem sido separadas do seu significado original, ao tornarem-se mecanicamente reproduzíveis, as imagens pictóricas são facilmente manipuláveis, por meio do close-up, do movimento da câmara (em cinema ou televisão), da inclusão do som (palavra ou música); 5) sendo reproduzíveis, as imagens pictóricas converteram-se numa forma de informação, no meio de outras diferentes, e com as quais competem na página ou no ecrã, tentando manter a sua identidade, o que torna necessariamente ambíguos os respectivos significados; 6) a ambiguidade dos significados das imagens pictóricas, potenciada por serem mecanicamente reproduzíveis, não é necessariamente negativa se tivermos consciência de que é um facto, e de que podemos usar agora estas imagens, como antes as palavras, para todos comunicarmos entre nós em demanda de sentidos para o que nos rodeia.