“Os portugueses não têm corpo?” - Nova Dança Portuguesa e corporalidades em falta na sociedade portuguesa do início dos anos 1990

18 Abril 2018, 14:00 Margarida Madureira

Nesta sessão, articulando-se o visionamento de duas obras de Vera Mantero – “Olympia” 81993) e “uma misteriosa coisa disse o e.e. cummings” (1996) – com a discussão dos escritos da artista a propósito destas obras e o ensaio de Alexandre Melo “Os Portugueses não têm corpo” (1993), procura-se problematizar e contextualizar o tipo de corporalidade emergente nestes trabalhos de Mantero, inquirindo a sua actualidade.
(Aula leccionada por Ana Bigotte Vieira)

Leitura recomendada:

http://fabricadesites.fcsh.unl.pt/ihc/wp-content/uploads/sites/15/2017/11/2017-03-11_nova_velha_danca_programa.pdf

Alexandre Melo, “Os portugueses não têm Corpo”, Expresso, 22 de Maio de 1993

BIO: Ana Bigotte Vieira licenciou-se em História Moderna e Contemporânea (ISCTE-IUL). Especializou-se nas áreas da Cultura e Filosofia Contemporâneas (NOVA FCSH) e em Estudos de Teatro (ULisboa). Entre 2009 e 2012 foi Visiting Scholar no Departamento de Performance Studies da New York University Tisch School of the Arts.

A sua tese de Doutoramento “NO ALEPH, para um olhar sobre o Serviço ACARTE da Fundação Calouste Gulbenkian entre 1984 e 1989” recebeu uma Menção Honrosa em História Contemporânea pela Fundação Mário Soares. Esta investigação incide sobre o papel performativo dos Museus de Arte Moderna, centrando-se nas transformações culturais por que Portugal passa após a entrada na União Europeia – e o modo como estas encontram no corpo um terreno particular de expressão.

Integra o grupo Cultura, Poder e Identidades do Instituto de História Contemporânea onde co-organizou, com Luís Trindade e Giulia Bonali, o ciclo “Quando Foram os Anos 80?”. É co-fundadora, editora e curadora da plataforma baldio | Estudos de Performance, e dramaturgista em teatro e em dança. Recebeu um Dwight Conquergood Award na Performance Studies International #17, Utrecht. Integra a Associação BUALA. Juntamente com Sandra Lang (CH), tem organizado uma série de eventos discursivos e performativos em torno da relação entre arte e política. Presentemente, desenvolve, com o coreógrafo João dos Santos Martins, um projecto de historicização colectiva da dança em Portugal “Para uma timeline a haver”, que tem a forma de uma instalação/exposição.