Relações de intermedialidade a propósito de "A Parede" de Elfriede Jelinek
15 Abril 2019, 14:00 • Anabela Rodrigues Drago Miguens Mendes
ABRIL 2ª FEIRA 11ª AULA
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Saída de Campo – Assistência ao espectáculo A Parede do ciclo A Morte e a Donzela (V) – Dramas de Princesas de Elfriede Jelinek (estreia). Encenação de Alexandre Pieroni Calado. Auditório-Estúdio António Assunção, Almada, pelas 21:30, em 12.4.2019. Duração do espectáculo 70 min.
Saída de campo – Assistência ao espectáculo Esplendor e Miséria inspirado na obra Esplendor e Miséria no Terceiro> Reich de Bertolt Brecht. Encenação de António Pires. Teatro do Bairro, pelas 21:30. Duração do espectáculo 120 min.
Sumário
Alexandre Pieroni Calado propôs uma exegese e a discussão do processo de criação do espectáculo A Parede (Teatro Estúdio António Assunção, 12 Abril 2019), no quadro de referência de um projecto de pesquisa prática em artes (NELSON, R.. 2013). Calado fez a contextualização da proposta de encenação numa genealogia de práticas que incluem as óperas intermedia The Cave (1993), de Steve Reich e Beryl Korot, Perfect Lives (1977-1983), de Robert Ashley, a série de vídeo-retratos voom Portraits (2004), de Robert Wilson, para além do espectáculo Dramas de Princesas (2015), do próprio Calado. Além disso, Calado iluminou a construção do espectáculo através da noção de «intermedialidade», mostrando-a capaz de contribuir para uma compreensão, não apenas do fenómeno teatral em geral, mas especialmente do espectáculo em estudo, tendo em vista o estreito diálogo que nele é estabelecido entre discurso audiovisual e a actuação ao vivo. Discutiram-se ainda aspectos específicos do processo de criação, tendo em conta a oportunidade que os discentes tiveram de estudar o texto homónimo de Elfriede Jelinek e de assistir a um ensaio, antes de ver a estreia do espectáculo.
Robin Nelson, 2013. Practice as Research in the Arts. Hampshire: Palgrave Macmillan.
Dick Higgins, 2007 [1984]. Horizons. ubu Editions. Disponível em: <http://www.ubu.com/ubu/higgins_horizons.html>