Um caso paradigmático das lutas pelo poder simbólico: pintura moderna e ‘capital cultural’
15 Novembro 2019, 08:00 • ALVA MARTINEZ TEIXEIRO
As distinções entre o ‘bom’ gosto e o gosto ‘vulgar’ e as funções implícitas e indiretas desses juízos estéticos: o fortalecimento da divisão social e da autoridade da classe dominante em termos culturais.
A visão da cultura como um conjunto variados de modos de atuar e produzir, mas também de rituais culturais adequados às estratégias impostas nas diferentes situações sociais.
Um exemplo paradigmático: as propostas artísticas da pós-modernidade. A distinção entre ‘bom gosto’ e ‘gosto vulgar’ e a legitimação da distinção de classes.
Bourdieu e a metáfora do capital cultural: a habilidade para ler e entender os códigos culturais e a sua distribuição desigual na sociedade.
O benefício de legitimação do capital cultural na batalha pelo poder simbólico.
Análise do documentário: a dialética entre a conceção da cultura da protagonista (representante das classes trabalhadoras) e do campo artístico: cultura popular vs. ‘alta cultura’. As referências culturais das classes trabalhadoras (pintura decorativa e realista, desportos, televisão…) e a rejeição da pintura moderna (expressionismo abstrato).
Análise dos rituais e estratégias do campo cultural. O conceito do campo cultural: as tomadas de posição. O ‘desafio’, a ‘luta’ e a ‘invasão’ de Teri no campo da ‘alta cultura’
O estudo da composição do campo artístico como um campo dotado de uma lógica interna.
A organização hierárquica de posições no campo cultural.
O capital económico, cultural e simbólico. A procura de autoridade, legitimação e autonomia do campo artístico.
Bibliografia:
BORDIEU, Pierre (2010): A distinção: uma crítica social da faculdade do juízo (Lisboa: Edições 70).
EMMERLING, Leonhard (2003): Jackson Pollock: 1912–1956 (Lisboa: Taschen/Público).
MACDONALD, Dwight (1973): “Uma teoria da cultura de massa” in AA.VV.: Cultura de massa. B. Rosemberg e D. M. White (orgs.) (São Paulo: Cultrix): 77-93.