Intertextualidade e auto-reflexividade. O poema como entre-textos. 

Kavafis como "poeta-historiador" - retoma do motivo da Poeta exilado da cidade (Platão, República) como quadro para a defesa da poesia (cf Shelley). Cf. do título e dos elementos (poéticos e narrativos) que ele contém com o texto do poema, a sua estrutura (bi- ou tripartida), e o implicado pelo último verso: o Poeeta é "o" cidadão por excelência, porque "faz" linguagem e mundos com ela.

Ted Hughes: A polissemia do título a que chegaremos a partir da 1.ª palavra do poema, que tutela o fazer poético: "Imagino". A distinção entre o informe que se "imagina" nas duas 1.ª estrofes ("qualquer coisa"), e que se aproxima, e a nomeação efectuada a partir da 3.ª estrofe. Os motivos concretos que o tema da poesia sobre poesia vai implicar. Leitura do poema como uma alegoria: a natureza, o dentro e o fora, a escuridão e a luz, o branco e o negro, a neve e a página - em branco no início, impressa no fim. O poema como auto-descrição da sua escrita.

A criação poética.