Sumários

O estatuto da imagem na República

2 Março 2017, 10:00 Adriana Veríssimo Serrão

A pergunta socrática: O que é o belo?  Análise das respostas em Hípias Maior

1. uma bela donzela / um particular / comparativo

2. ouro: o que faz parecer / parecer#ser

3. conveniência / relativo a  qualquer coisa/ não é em si.

4. utilidade / conformidade a um fim/ não é em si.

5. vantajoso /ou bom/ identificação entre belo e bem.

6. prazer vista e do ouvido/ agradável aos dois sentidos

7. belo discurso.

 

Recomendação: Roberto Rossellini, Socrate

https://www.youtube.com/watch?v=qixfEOavcqE

 

PLATÃO:

Uma teoria da arte e uma metafísica do Belo

 1. O conceito platónico de arte (technè).

Um conhecimento aplicado, saber fazer, um fazer orientado por um saber. Distingue-se da epistèmè, saber teorético, puro, contemplativo, conhecimento intelectual das essências.

Capacidade comum a todos que possuem uma determinada technè, mas não capacidade individual: ex: tecelagem, marcenaria, governação, pilotagem, política ….

A interpretação da teoria platónica da arte tem de ser integrada nesta significação (=técnica, actividade baseada em conhecimentos e correctamente orientada para um fim), distinta da concepção moderna das belas-artes. Possui regras gerais; pode ser aprendida e ensinada.

 

… porque se a justa medida existe, as technai também existem, e se as artes existem, a medida existe também, mas se uma delas não existir, então não existirá nenhuma delas (Político 284c).

Com efeito, todos os produtos da technè participam de uma maneira qualquer da medida” (Político 284 e).

 

 São poesia, pintura, escultura technai ?

2. A concepção platónica da mimèsis.

República III  (393 c ss) e X (595 c e ss).

Sofista 219 a- 221 c; 232 b-235 c; 264 c.

Questão: São poesia, pintura, escultura technai? Possuem um modelo? Possuem logos?

2.1. No livro III da República (República III (393 c ss): análise dos modos do discurso poético:

  • diegesis (diegese) - “o poeta fala em seu nome e não procura fazer-nos crer que é um outro diferente dele que fala” /“ele introduz, quer os diversos discursos pronunciados, quer os acontecimentos intercalados entre os discursos”

  • mimèsis  (mimese) – “esforça-se por nos dar a ilusão de que não é Homero que fala, mas sim o ancião, sacerdote de Apolo” / “quando ele pronuncia um discurso sob o nome de um outro, ele procura adequar a sua linguagem à de cada personagem à qual vai conceder a palavra”

  • Modos:

  • Diegético – narrativo (narrativa do poeta, o ditirambo)

  • Mimético – imitativo (tragédia e comédia)

  • Misto: epopeia

 

Condenação da poesia mimética:

“porque lhe são necessárias todas as harmonias, todos os ritmos, a fim de encontrar uma expressão apropriada, visto que ela comporta variações de toda a espécie”

Conceito positivo de imitação: a identificação do bom modelo

“vamos admitir no nosso Estado os dois géneros? Vamos ficar apenas com a narrativa simples que imita a virtude”; “a excelência do discurso, da graça e do ritmo provêm da simplicidade da alma […] dessa simplicidade verdadeira de um carácter onde se aliam a verdade e a beleza”


PLATÃO: Uma teoria da arte e uma metafísica do Belo

1 Março 2017, 16:00 Adriana Veríssimo Serrão

A pergunta socrática: O que é o belo?  Análise das respostas em Hípias Maior

1. uma bela donzela / um particular / comparativo

2. ouro: o que faz parecer / parecer#ser

3. conveniência / relativo a  qualquer coisa/ não é em si.

4. utilidade / conformidade a um fim/ não é em si.

5. vantajoso /ou bom/ identificação entre belo e bem.

6. prazer vista e do ouvido/ agradável aos dois sentidos

7. belo discurso.

 

Recomendação: Roberto Rossellini, Socrate

https://www.youtube.com/watch?v=qixfEOavcqE

 

 

PLATÃO:

Uma teoria da arte e uma metafísica do Belo

 

1. O conceito platónico de arte (technè).

Um conhecimento aplicado, saber fazer, um fazer orientado por um saber. Distingue-se da epistèmè, saber teorético, puro, contemplativo, conhecimento intelectual das essências.

Capacidade comum a todos que possuem uma determinada technè, mas não capacidade individual: ex: tecelagem, marcenaria, governação, pilotagem, política ….

A interpretação da teoria platónica da arte tem de ser integrada nesta significação (=técnica, actividade baseada em conhecimentos e correctamente orientada para um fim), distinta da concepção moderna das belas-artes. Possui regras gerais; pode ser aprendida e ensinada.

 

… porque se a justa medida existe, as technai também existem, e se as artes existem, a medida existe também, mas se uma delas não existir, então não existirá nenhuma delas (Político 284c).

Com efeito, todos os produtos da technè participam de uma maneira qualquer da medida” (Político 284 e).

 

 São poesia, pintura, escultura technai ?

2. A concepção platónica da mimèsis.

República III  (393 c ss) e X (595 c e ss).

Sofista 219 a- 221 c; 232 b-235 c; 264 c.

Questão: São poesia, pintura, escultura technai? Possuem um modelo? Possuem logos?

2.1. No livro III da República (República III (393 c ss): análise dos modos do discurso poético:

  • diegesis (diegese) - “o poeta fala em seu nome e não procura fazer-nos crer que é um outro diferente dele que fala” /“ele introduz, quer os diversos discursos pronunciados, quer os acontecimentos intercalados entre os discursos”

  • mimèsis  (mimese) – “esforça-se por nos dar a ilusão de que não é Homero que fala, mas sim o ancião, sacerdote de Apolo” / “quando ele pronuncia um discurso sob o nome de um outro, ele procura adequar a sua linguagem à de cada personagem à qual vai conceder a palavra”

  • Modos:

  • Diegético – narrativo (narrativa do poeta, o ditirambo)

  • Mimético – imitativo (tragédia e comédia)

  • Misto: epopeia

 

Condenação da poesia mimética:

“porque lhe são necessárias todas as harmonias, todos os ritmos, a fim de encontrar uma expressão apropriada, visto que ela comporta variações de toda a espécie”

Conceito positivo de imitação: a identificação do bom modelo

“vamos admitir no nosso Estado os dois géneros? Vamos ficar apenas com a narrativa simples que imita a virtude”; “a excelência do discurso, da graça e do ritmo provêm da simplicidade da alma […] dessa simplicidade verdadeira de um carácter onde se aliam a verdade e a beleza”


A pergunta socrática: O que é o belo? Análise das respostas em Hípias Maior

23 Fevereiro 2017, 10:00 Adriana Veríssimo Serrão

A pergunta socrática: O que é o belo?  Análise das respostas em Hípias Maior

1. uma bela donzela / um particular / comparativo

2. ouro: o que faz parecer / parecer#ser

3. conveniência / relativo a  qualquer coisa/ não é em si.

4. utilidade / conformidade a um fim/ não é em si.

5. vantajoso /ou bom/ identificação entre belo e bem.

6. prazer vista e do ouvido/ agradável aos dois sentidos

7. belo discurso.

 

Recomendação: Roberto Rossellini, Socrate

https://www.youtube.com/watch?v=qixfEOavcqE

 

 

PLATÃO:

Uma teoria da arte e uma metafísica do Belo

 

1. O conceito platónico de arte (technè).

Um conhecimento aplicado, saber fazer, um fazer orientado por um saber. Distingue-se da epistèmè, saber teorético, puro, contemplativo, conhecimento intelectual das essências.

Capacidade comum a todos que possuem uma determinada technè, mas não capacidade individual: ex: tecelagem, marcenaria, governação, pilotagem, política ….

A interpretação da teoria platónica da arte tem de ser integrada nesta significação (=técnica, actividade baseada em conhecimento e correctamente orientada para um fim), distinta da concepção moderna das belas-artes.

Possui regras gerais; pode ser aprendida e ensinada.

 

… porque se a justa medida existe, as technai também existem, e se as artes existem, a medida existe também, mas se uma delas não existir, então não existirá nenhuma delas (Político 284c).

Com efeito, todos os produtos da technè participam de uma maneira qualquer da medida” (Político 284 e).

 

 São poesia, pintura, escultura technai ?

 

2. A concepção platónica da mimèsis.

República III  (393 c ss) e X (595 c e ss).

Sofista 219 a- 221 c; 232 b-235 c; 264 c.

 

Questão: São poesia, pintura, escultura technai? Possuem um modelo? Possuem logos?

2.1. No livro III da República (República III (393 c ss): análise dos modos do discurso poético:

·         diegesis (diegese) - “o poeta fala em seu nome e não procura fazer-nos crer que é um outro diferente dele que fala” /“ele introduz, quer os diversos discursos pronunciados, quer os acontecimentos intercalados entre os discursos”

·         mimèsis  (mimese) – “esforça-se por nos dar a ilusão de que não é Homero que fala, mas sim o ancião, sacerdote de Apolo” / “quando ele pronuncia um discurso sob o nome de um outro, ele procura adequar a sua linguagem à de cada personagem à qual vai conceder a palavra”

·         Modos:

·         Diegético – narrativo (narrativa do poeta, o ditirambo)

·         Mimético – imitativo (tragédia e comédia)

·         Misto: epopeia

 

Condenação da poesia mimética:

“porque lhe são necessárias todas as harmonias, todos os ritmos, a fim de encontrar uma expressão apropriada, visto que ela comporta variações de toda a espécie”

 

Conceito positivo de imitação: a identificação do bom modelo

“vamos admitir no nosso Estado os dois géneros? Vamos ficar apenas com a narrativa simples que imita a virtude”

“a excelência do discurso, da graça e do ritmo provêm da simplicidade da alma […] dessa simplicidade verdadeira de um carácter onde se aliam a verdade e a beleza”

 


A pergunta socrática: O que é o belo? Análise das respostas em Hípias Maior

22 Fevereiro 2017, 16:00 Adriana Veríssimo Serrão

A pergunta socrática: O que é o belo?  Análise das respostas em Hípias Maior

1. uma bela donzela / um particular / comparativo

2. ouro: o que faz parecer / parecer#ser

3. conveniência / relativo a  qualquer coisa/ não é em si.

4. utilidade / conformidade a um fim/ não é em si.

5. vantajoso /ou bom/ identificação entre belo e bem.

6. prazer vista e do ouvido/ agradável aos dois sentidos

7. belo discurso.

 

Recomendação: Roberto Rossellini, Socrate

https://www.youtube.com/watch?v=qixfEOavcqE

 

 

PLATÃO:

Uma teoria da arte e uma metafísica do Belo

 

1. O conceito platónico de arte (technè).

Um conhecimento aplicado, saber fazer, um fazer orientado por um saber. Distingue-se da epistèmè, saber teorético, puro, contemplativo, conhecimento intelectual das essências.

Capacidade comum a todos que possuem uma determinada technè, mas não capacidade individual: ex: tecelagem, marcenaria, governação, pilotagem, política ….

A interpretação da teoria platónica da arte tem de ser integrada nesta significação (=técnica, actividade baseada em conhecimento e correctamente orientada para um fim), distinta da concepção moderna das belas-artes.

Possui regras gerais; pode ser aprendida e ensinada.

 

… porque se a justa medida existe, as technai também existem, e se as artes existem, a medida existe também, mas se uma delas não existir, então não existirá nenhuma delas (Político 284c).

Com efeito, todos os produtos da technè participam de uma maneira qualquer da medida” (Político 284 e).

 

 São poesia, pintura, escultura technai ?

 

2. A concepção platónica da mimèsis.

República III  (393 c ss) e X (595 c e ss).

Sofista 219 a- 221 c; 232 b-235 c; 264 c.

 

Questão: São poesia, pintura, escultura technai? Possuem um modelo? Possuem logos?

2.1. No livro III da República (República III (393 c ss): análise dos modos do discurso poético:

·         diegesis (diegese) - “o poeta fala em seu nome e não procura fazer-nos crer que é um outro diferente dele que fala” /“ele introduz, quer os diversos discursos pronunciados, quer os acontecimentos intercalados entre os discursos”

·         mimèsis  (mimese) – “esforça-se por nos dar a ilusão de que não é Homero que fala, mas sim o ancião, sacerdote de Apolo” / “quando ele pronuncia um discurso sob o nome de um outro, ele procura adequar a sua linguagem à de cada personagem à qual vai conceder a palavra”

·         Modos:

·         Diegético – narrativo (narrativa do poeta, o ditirambo)

·         Mimético – imitativo (tragédia e comédia)

·         Misto: epopeia

 

Condenação da poesia mimética:

“porque lhe são necessárias todas as harmonias, todos os ritmos, a fim de encontrar uma expressão apropriada, visto que ela comporta variações de toda a espécie”

 

Conceito positivo de imitação: a identificação do bom modelo

“vamos admitir no nosso Estado os dois géneros? Vamos ficar apenas com a narrativa simples que imita a virtude”

“a excelência do discurso, da graça e do ritmo provêm da simplicidade da alma […] dessa simplicidade verdadeira de um carácter onde se aliam a verdade e a beleza”

 


I. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

16 Fevereiro 2017, 10:00 Adriana Veríssimo Serrão

ESTÉTICA – 2016-2017

Prof.ª Adriana Veríssimo Serrão adrianaserrao@fl.ul.pt

 

 

I. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Multiplicidade de acepções e usos correntes do termo.

Uso como substantivo:

  • - uma disciplina, um campo doutrinário, um conjunto de questões com unidade temática (“a Estética”) , ou definindo um discurso coerente sobre um sector específico do real, uma disciplina da Filosofia distinta das restantes pelo objecto teórico (“a Estética de Kant”).
  • - um sistema de valores, um estilo, correntes ou gosto de uma época (pertencente sobretudo ao vocabulário da história e da crítica da arte, e da teoria e crítica literária (“a estética clássica, a estética do Barroco, do Modernismo…..).
  • - a beleza, a harmonia, o equilíbrio, perfeição de um objecto, em consonância com um determinado ideal, uma norma, um paradigma: “a estética de um edifício, de uma cidade, de um conjunto, de um rosto… “.

 

Uso como adjectivo: “estético”:

  • - como modo de ser: qualidades/ modos de ser de um objecto, de um ente, de uma situação: propriedades objectivas do objecto --- uso objectivista.
  • - como modo de ver, apreender, sentir: modalidade como o sujeito capta (esteticamente) o objecto --- uso subjectivista.

 

O campo teórico da Estética.

A ambiguidade fundamental: sentido estrito e o sentido amplo.

Em sentido amplo: conjunto de doutrinas que reflectem sobre a Beleza, a Arte, a experiência (estética) do sujeito e a criação artística.

Em sentido estrito: doutrina da sensibilidade.

 

A invenção da Estética como disciplina independente:

Alexander Gottlieb Baumgarten, Aesthetica, 1750 (da escola Leibniz-Wolff)

Advento da sensibilidade na demarcação com o pensamento lógico. Reconhecimento de uma lógica da sensibilidade. Origem duplamente iluminista e grega. Recupera o sentido grego do aisthetikos (do radical aisthesis, sensação) e testemunha a íntima relação do universo estético com a esfera da sensibilidade humana, por demarcação do universo intelectual.

 

§ 1. A ESTÉTICA (teoria das artes liberais, gnoseologia inferior, arte do pensar belamente, arte do análogo da razão) é a ciência do conhecimento sensitivo).

 

§ 1. AESTHETICA (theoria liberalium artium, gnoseologia inferior, ars pulcre cogitandi, ars analogi rationis) est scientia cognitionis sensitivae).

Trad. port. Ana Rita Ferreira, “Prolegómenos” da Estética de Baumgarten”, Philosophica, 44 (2014).

 

A Aesthetica não é só a primeira obra com este título, mas igualmente a primeira a justificar o objecto e o estatuto autónomo de uma disciplina que orienta as operações da nossa sensibilidade (facultas cognoscitiva inferior), distinta da Lógica, que orienta as operações da inteligência (facultas cognoscitiva superior).

A facultas cognoscitiva inferior fornece um conhecimento sensível (cognitio sensitiva), claro, mas confuso, isto é, que permite reconhecer o objecto mas sem poder discriminar e enunciar as propriedades. É um analogon da razão.

O conhecimento sensível perfeito: unidade do conteúdo, da ordem dos elementos e da sua expressão.

O objectivo da Estética é o de conhecer e produzir a beleza.

Teoria das artes liberais, das belas-artes.

Arte do pensar com beleza:

§ 14. O fim da Estética é a perfeição do conhecimento sensitivo enquanto tal. Ora este fim é a beleza.

§ 14. Aesthetices fines est perfectio cognitionis sensitivae, qua talis. Haec autem est pulcritudo.

 

 

 

II. APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA

Objectivos:

Enquanto disciplina introdutória da licenciatura em Filosofia, mas frequentada também por alunos de outras licenciaturas (Estudos Gerais, Línguas, Literaturas e Culturas, Artes do Espectáculo, História da Arte, Artes e Culturas Comparadas, Artes e Humanidades, Ciências da Comunicação, Estudos Portugueses), o programa oferece uma visão panorâmica dos principais problemas, correntes e orientações da Estética.

Tendo em conta o nível dos alunos, optou-se por um programa que incide em autores clássicos, estudados em textos fundadores de todo o pensamento estético. A diversidade dos modelos propostos cobre também o arco temporal da Antiguidade até à actualidade.

Esta diversidade justifica que a Estética não tenha um objecto teórico preciso e que o termo “estético” seja um aglutinador de orientações muitas vezes contraditórias, ora designando qualidades intrínsecas dos objectos, ora os modos pelos quais o sujeito apreende e sente o mundo circundante.

No final do curso, os alunos estarão habilitados a identificar problemas, a usar correctamente conceitos operatórios e a analisar crítica e comparativamente as diferentes teorias estudadas.

 

Conteúdos:

Esta unidade curricular, disciplina obrigatória do 1.º ano da licenciatura em Filosofia, oferece uma visão ampla dos grandes problemas da Estética Filosófica.

Tendo por base o estudo de doutrinas e obras fun­­­damentais, apresenta a evolução da concepção de Estética e a diversidade dos seus principais modelos:

a metafísica do Belo (to kalon): calologia teoria da beleza;

a poética da obra singular;

a experiência sensível e sentimental do mundo;

a filosofia da história do belo na arte;

a fenomenologia da expressão artística.

 

Tópicos do Programa:

Introdução. O lugar da Estética no âmbito do saber filosófico. Multiplicidade de acepções e usos correntes do termo. O campo teórico da Estética. A invenção da Estética como disciplina independente.

1. Platão: o belo como ideia. A desvalorização do plano da aisthèsis. A dinâmica erótica no ca­minho do "ho­mem" até à alma. A ideia‑arquétipo como modelo e critério da apreciação.

2. Aristóteles: a poética da obra singular. Analogia entre a tragédia e o ser vivo. O princípio estético da verosimilhança. A catarsis: o apelo ao espectador.

 3. Kant: a autonomia da experiência estética. Gosto e sen­timento. Re­ciprocidade da contemplação e da cria­ção. A tensão imaginação-razão na génese do sublime. Ideia estética e intuição criadora.

4. Hegel: a historicidade da arte. A ar­te como manifestação sensível do absoluto. O primado da beleza artística. Linguagem poética e pen­sar filo­sófico.

5. Merleau-Ponty e Paul Klee: fenomenologia e ontologia da expressão artística. A ar­te como visão exemplar e linguagem originária.

 

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Bibliografia Primária

Consta dos seguintes textos fundamentais (com os títulos em português)

Platão, Hípias Maior, República, livros III, X; Sofista (excerto), Banquete, Fedro [serão indicados os principais excertos].

Aristóteles, Poética.

Kant, Crítica da Faculdade do Juízo (Analítica do Belo e Analítica do Sublime).

Hegel, Estética (Introdução, O ideal do belo).

Merleau-Ponty, O Olho e o Espírito. L’Oeil et l’Esprit

Paul Klee, Teoria da Arte Moderna.

 

A Bibliografia Secundária acompanha os diversos pontos da matéria e inclui Estudos e Obras Instrumentais: Histórias da Filosofia, Histórias da Estética e Manuais de Estética e Filosofia da Arte.

 

Avaliação

1. Um comentário de texto (com temas previamente indicados) a entregar a 19 e 20 de Abril (4/5 pp.).

2. a) um trabalho (6/7 pp.), previamente combinado,  a entregar em 6 de Junho (só para os alunos com nota positiva em 1.)

2. b) Um teste (com temas previamente indicados) a realizar em 6 de Junho;

Entrevista Final.

 

Critérios de classificação: nível de conhecimentos, organização formal dos textos, clareza e correcção da expressão oral, maturidade de pensamento e espírito crítico.