LINHAS INTERPRETATIVAS DA POÉTICA
22 Março 2017, 16:00 • Adriana Veríssimo Serrão
ARISTÓTELES, Poética: Technè poiètikè
Uma produção com technè (conhecimento)
LINHAS INTERPRETATIVAS DA POÉTICA
As categorias estruturantes poièsis – mimèsis – katharsis
I. A Poièsis entre as actividades humanas fundamentais
Distinção das actividades: theôria / poièsis / praxis:
Metafísica A 2, 982b;
E 1, 1025b 18: Dado que também a ciência da natureza encontra-se circunscrita a um gênero do ente (pois se circunscreve ao tipo de essência em que o princípio de movimento e repouso está nela mesma), é evidente que ela não é nem ciência prática, nem ciência produtiva (pois o princípio daquilo que é suscetível de ser produzido está no produtor (inteligência, ou técnica, ou alguma capacidade), e o princípio daquilo que é suscetível de ser feito está no agente ( a escolha); de fato, uma mesma coisa é suscetível de escolha e suscetível de ser feita); conseqüentemente, se todo conhecimento racional é ou prático, ou produtivo, ou teórico, a ciência da natureza há de ser teórica, mas teórica a respeito de um ente tal que é capaz de mover-se, e apenas a respeito do tipo de essência que é conforme à definição no mais das vezes, e que não é separada. (Tradução de Lucas Angioni).
2. A articulação entre poiesis e mimèsis
Poética, 4: causas naturais da imitação
Poética, 1: meios, modos e objecto da imitação
A technè como imitação da natureza (physis): diferença e ligação entre o ser natural e a obra humana.