Paul Klee, Escritos sobre arte,

31 Maio 2017, 16:00 Adriana Veríssimo Serrão

 

 

Paul Klee, Escritos sobre arte, Teoria da Arte Moderna,1964. (anos 20 ss do século XX).

Citações referem-se à edição francesa Théorie de l’art moderne, Paris, Denoël, 1985.

Pädagogisches Skizzenbuch (Esboços Pedagógicos) (1925).

Das bildnerische Denken (O pensamento formativo), 1956 (póstumo).

 

 

O artista e a génese da criação

A  parábola da árvore:  raízes – tronco - ramos

o artista, intermediário entre natureza (raízes) e arte (ramos)  (pp. 16-17).

A posição modesta do artista, a seiva passa por ele.

 

Concepção orgânica da natureza:

Goethe e as formas viventes; natura naturans (28)

O diálogo com a natureza é para o artista uma condição sine qua non.

O artista é homem; ele próprio natureza, pedaço de natureza no ar da natureza.” (43)

“Criação” como movimento contínuo; a “génese como continuada duração” (29) .

 

Arte moderna  e “arte infantil”

O espanto sempre renovado.

- a espontaneidade, a inocência, a imediatidade.

Como reencontrar o traço de uma infância perdida?

 

Os caminhos da criação

“É  preciso voltar a subir do modelo à matriz” (30)

 

O credo do criador : “A arte não reproduz o visível, torna visível.” 34ss)

 

“A obra é em primeiro lugar génese,  nascimento”

“A criação  vive como génese sobre a superfície visível que envolve a obra.”

Primado do acto sobre o resultado.

Superação do impressionismo e do formalismo (pura construção).

 

 O caos cosmológico e o ponto cinzento (51 ss)

p. 56: o entre.

 

A gramática dos elementos formais:

ponto, linha, tonalidades, cor (p. 19).

Ponto: elemento de base, centro de toda coisa.” p. 426.

- A formação como movimento, ou a forma em devir:

o equilíbrio entre estático e dinâmico; entre repouso e tensão.

- Linha, o ponto em movimento formado pelo traço:

a tensão linha activa/passiva: da tensão entre dois pontos resulta a linha.

- Tonalidades (tom: claro/escuro); o tom indicando proximidade/afastamento.

- Cor : é qualidade, e densidade. O sistema das cores.

 

Para maior desenvolvimento: Ana Mantero, O traço da infância. Diálogos com Paul Klee, Mestrado em Estética e Filosofia da Arte, FLUL 2000.