Natureza do Juízo Declarativo: 10. A Teoria do Juízo de Frege.

12 Outubro 2018, 12:00 António José Teiga Zilhão

Conceitos como funções que exprimem uma correspondência entre argumentos e valores de verdade. Extensão de um conceito como a colecção daqueles itens cujas designações, ao saturarem a expressão conceptual, dão origem a uma proposição verdadeira. Conceitos simples e conceitos complexos. Conceitos complexos como composição funcional de conceitos simples por meio do uso de conectivas proposicionais. Condições de satisfação de conceitos complexos. Saturação de conceitos (de 1ª ordem) por objectos e saturação de conceitos de 2ª ordem por conceitos de 1ª ordem. A Teoria da Quantificação de Frege: universalidade e existência como conceitos de segunda ordem. Outros conceitos de segunda ordem (e.g., a numerosidade ou a raridade). 


A Teoria do Juízo de Frege: A) Juízos singulares: juízo singular afirmativo, respectivamente, negativo, como saturação de um dado conceito ou do seu conceito complementar por um dado argumento. B) Juízos gerais: i) juízo universal afirmativo, respectivamente, negativo, como juízos que afirmam de um conceito composto de primeira ordem K do género 'Se x é A, então x é B', respectivamente, 'Se x é A, então x não é B', que ele cai debaixo do conceito de segunda ordem 'X é satisfeito por todos os objectos do domínio'; ii) juízo particular afirmativo, respectivamente, negativo, como juízos que afirmam de um conceito composto de primeira ordem K do género 'x é A e x é B', respectivamente, 'x é A e x não é B', que ele cai debaixo do conceito de segunda ordem 'X é satisfeito por pelo menos um objecto do domínio' ou 'X não é vazio'. C) Juízos relacionais: i) relações como conceitos que necessitam de ser saturados por mais do que um argumento. ii) juízo relacional singular afirmativo, respectivamente, negativo, como saturação de um dado conceito relacional, respectivamente, do seu conceito complementar, por um dado n-tuplo ordenado de argumentos; iii) juízos relacionais gerais como juízos de quantificação múltipla. 

Comparação entre o poder expressivo das teorias do juízo de Frege, por um lado, e de Aristóteles ou Kant, por outro lado.