I. Natureza do Juízo Declarativo. B - Críticas à Teoria Clássica do Juízo - 5  

2 Novembro 2020, 12:30 António José Teiga Zilhão

Crítica de Frege à Teoria Kantiana do Juízo Declarativo - 3

Noção fregeana de Conceito - I

I.1. Objectos e conceitos como simples ontológicos; 

I.2. Defesa da ideia de que a consideração clássica de que os termos gerais deveriam ser vistos como 'nomes comuns', dotados de um 'poder' de referência múltipla, incorreria num erro categorial; nenhum 'poder' de referência ligaria termos gerais a objectos; 

I.3. Demonstração de que a concepção clássica não disporia dos recursos que lhe permitiriam dar conta de um modo coerente da existência de conceitos vazios e de conceitos singulares; exemplos de conceitos vazios e de conceitos singulares; modo fregeano de dar conta da existência de tais conceitos; 

I.4. Distinção entre conceito e extensão de um conceito; conceitos e extensões de conceitos como entidades ontologicamente distintas; ao contrário dos conceitos, as extensões de conceitos seriam objectos.

I.5. Intensionalidade e  extensionalidade: divergência entre o ponto de vista fregeano e o ponto de vista de Cantor, tal como expresso na Teoria dos Conjuntos, acerca desta questão: enquanto que, na Teoria dos Conjuntos, um conjunto se deixa caracterizar integralmente pela sua extensão (i.e., a identidade de um conjunto é regida pelo Axioma da Extensionalidade), para Frege um conceito não se deixa reconduzir à sua extensão; os conceitos são essencialmente intensionais; 

I.6. Defesa por Frege da tese epistémica de que os conceitos seriam capturados, não construídos, por nós.