II. A Semântica como Filosofia Primeira. A. O Dualismo Semântico - 4

13 Novembro 2020, 11:00 António José Teiga Zilhão

Holismo, Lógica e Tipos de sem sentido.

1. Holismo
1.1. O holismo semântico de Frege: precedência do conteúdo judicativo sobre os elementos constituintes do juízo. Só no contexto do juízo têm os termos um sentido, o qual se determina por meio da decomposição do conteúdo judicativo. 
1.2. As vantagens do holismo fregeano sobre o atomismo da tradição aristotélica - ao contrário do holismo, o atomismo não dispõe dos recursos necessários para: i) mostrar como se constitui o sentido de frases com sentido da linguagem natural que, à luz dos princípios atomistas, deveriam ser sem sentido; ii) mostrar o sem sentido de frases e argumentos sem sentido que, à luz dos princípios atomistas, deveriam ter sentido. 

2. Lógica e Tipos de Sem sentido
2.1. A concepção fregeana da valência lógica dos constituintes do juízo e a hierarquia semântica dela decorrente. 
2.2. Os diferentes tipos de sem sentido que se originam com a violação da hierarquia semântica. 
2.2.1. Identificação de argumentos célebres da tradição filosófica (Argumento ontológico, Cogito cartesiano) como argumentos que resultam de violações das regras da valência lógica e da hierarquia semântica por elas determinada. 
2.3. A importância conceptual da construção de um simbolismo (a notação conceptual) por meio do qual a valência lógica dos constituintes do juízo se revele directamente sem a mediação da linguagem natural. 
2.3.1. Impossibilidade de construir num tal simbolismo as frases e argumentos sem sentido da tradição filosófica. 
2.3.2. Exposição, no âmbito deste simbolismo, do modo como se constitui o sentido daquelas frases com sentido que, à luz da tradição atomista, deveriam ser consideradas sem sentido, e como se origina o sem sentido daquelas frases e argumentos sem sentido que, à luz dos princípios do atomismo tradicional, deveriam ter sentido.