VI. Livre Arbítrio - 3

17 Maio 2018, 16:00 António José Teiga Zilhão

Polémica incompatibilismo vs. compatibilismo: a estrutura lógica dos argumentos. A polémica intra-incompatibilista: determinismo duro vs. libertismo - a estrutura lógica dos argumentos. A polémica intra-libertista: libertismo anti-materialista vs. libertismo naturalista - a estrutura lógica dos argumentos. O fundamento da posição libertista: o Princípio da Responsabilidade Última (PRU), o seu estatuto como condição necessária para a atribuição de responsabilidade moral aos agentes humanos e a tese empírica de que os agentes humanos normais são, de facto, dotados de responsabilidade moral. O libertismo naturalista indeterminista e a sua alegação da incompatibilidade entre PRU e determinismo. O conceito de 'self-forming acts' proposto por R. Kane para sustentar a tese de que o PRU é efectivamente satisfeito pelos humanos. A crítica compatibilista de Dennett ao conceito de 'self-forming acts': i) estes seriam um remédio para um problema inexistente - o argumento libertista que procura fundamentar o PRU nos 'self-forming acts' seria logicamente análogo ao 'Argumento do Mamífero Primeiro', o qual pretenderia provar que, para poderem existir mamíferos, teria que ter existido um primeiro mamífero; ii) o apelo para uma faísca indeterminista original, que alegadamente se manifestaria nos 'self-forming acts', seria, na realidade, irrelevante, senão mesmo contraproducente, como fundamento para a atribuição de responsabilidade moral.