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16 Setembro 2021, 14:01 Mariana Teodósia de Lemos Castelo Branco Diniz

Paul Ricoeur

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Programa, bibliografia e métodos de avaliação

16 Setembro 2021, 13:58 Mariana Teodósia de Lemos Castelo Branco Diniz

FACULDADE DE LETRAS DE LISBOA DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

LICENCIATURA EM ARQUEOLOGIA - GÉNESE E CONSOLIDAÇÃO DO PENSAMENTO ARQUEOLÓGICO - 2021/2022 – 1º SEMESTRE

DOCENTE: MARIANA DINIZ

 

 

1. O PENSAMENTO ARQUEOLÓGICO: BREVE INTRODUÇÃO AO TEMA

Ainda antes da História – problemáticas da Arqueologia no mundo contemporâneo.

Para a História do Pensamento Arqueológico: as raízes antigas de uma ciência moderna: As grandes questões em análise: o Passado, o Tempo, as Origens, o lugar do “Outro”. O Passado como campo de estudo. História. Memórias. Relatos. História material e revisões do Passado.. Entre o mito e a razão: continuidades e rupturas no uso do Passado. A materialidade das fontes de memória: potencialidades e limites do discurso arqueológico.  O papel social e político da Arqueologia: um desafio ético, no quadro das Ciências Sociais e Humanas.

 

 2. HISTÓRIAS SEM ARQUEOLOGIA

2.1. Na origem das fontes escritas: O Mundo Antigo - o Tempo dos Heróis. O Relato, memória e ensinamento. O poder das coisas antigas: relíquias e propaganda. Os ciclos do Tempo, ou as Idades da História.  O Pensamento Medieval: uma mundividência teológica. A degeneração e o fim dos tempos. O poder das coisas antigas e presentes: a salvação e a perdição das almas. (As sobrevivências no imaginário popular). Renascer num mundo clássico – o retorno ao Mundo Antigo. A difícil conciliação das fontes. A Modernidade e a descoberta do "Outro". Para lá dos Oceanos: rumo ao Passado – os primórdios da Antropologia.  O Poder das coisas diferentes: a humanidade das pedras de raio e os alvores do paralelismo etnográfico. 

 

 2.2. A EMERGÊNCIA DO PENSAMENTO CIENTÍFICO

O fim do Antigo Regime, a Idade das Luzes e a Revolução Francesas. O real contido na Enciclopédia.  O papel dos Antiquários – a construção do Passado, aquém, e para além, do limes. Viajantes no tempo: a (re)descoberta dos lugares do Passado. A Descrição do Egipto – os primeiros passos da Arqueologia colonial. O Poder das coisas exóticas: a construção de imaginários. A História e o Lugar Romântico. Antiguidades e Nacionalismos. A construção de Museus e a selecção (natural) de antepassados.

 

 

 

3. A ORGANIZAÇÂO MODERNA DOS SABERES E A EMERGÊNCIA DA ARQUEOLOGIA

3.1. O Positivismo e o Ideal da Razão: o lugar sagrado da Ciência. A Teoria Evolucionista e as causalidades dominantes. A leitura estratigráfica e as novas cronologias do Passado. Para além das fontes escritas - a descoberta da Pré-história. A Lei do Progresso e a teoria dos Estádios. O Poder das coisas rudimentares: e a inexorável marcha da Civilização.  A falência do uniformitarismo cultural: uma humanidade, múltiplos trajectos.

 

3.2. OS INÍCIOS DO SÉCULO XX

Cultura, Raça, Tempo e Espaço: a perspectiva histórico-cultural. O dinamismo dos criadores de cultura. Os domínios do difusionismo: a cartografia das colonizações. A elaboração de tipologias e os Horizontes culturais. Cronologias relativas e equívocos absolutos. O Poder das coisas principais: o conceito de fóssil-director.  A arqueologia dos regimes totalitários: o Passado ao serviço das ideologias fascistas.    

 

3.3. OS ANOS DO PÓS-GUERRA  

 Um novo Passado para um outro Ocidente. O pragmatismo dos funcionalistas e as novas alíneas na agenda: ambiente e economia.  O sucesso da Ciência e a invasão das “batas brancas”. A revolução no Tempo: os métodos de datação absoluta. A Nova Arqueologia. Neo-Evolucionistas e Processualistas - as variáveis da Mudança. A Teoria dos Sistemas. O papel da Etnoarqueologia. O Poder de uma amostra das coisas: o real em números e a construção de modelos. A abertura transdisciplinar. Em simultâneo: a perspectiva dual do Estruturalismo; o lugar do Indígena numa história sem colonos. A Arqueologia marxista e o materialismo dialéctico na Arqueologia ocidental – o bloco Soviético. 

 

4. O FINAL DO SÉCULO E A ARQUEOLOGIA PÓS-MODERNA

A ruptura epistemológica dos anos 90: uma reacção dos Símbolos. A relatividade do Conhecimento e os passados polifónicos. As “Outras vozes”, a multiplicação de olhares e a legitimidade social da arqueologia contemporânea. A democratização do Passado e as memórias das minorias. As novas metáforas do conhecimento – a natureza textual da actividade arqueológica. Entre a Ciência e a Interpretação: entre a Lei e a Narrativa. O Poder das coisas: o lugar da Arqueologia na Sociedade do Conhecimento.  

 

5. OS DESAFIOS DE UMA NOVA ERA

Para uma renovação de paradigmas – o lugar do Passado num Presente em crise.

 

Bibliografia de base


BAHN, P. (1996) – The Cambridge Illustrated History of Archaeology. Cambridge:Cambridge University Press.

BINTLIFF, J. & PEARCE, M. (eds.), (2011) - The Death of Archaeological Theory? Oxbow.

DÍAZ-ANDREU, M. (2019) - Arqueologia: crítica e humanista. São Paulo: Fonte Editorial.

HARRIS, O.  & CIPOLLA, C. (2017) - Archaeological theory in the new millennium: introducing current perspectives. London: Routledge, Taylor & Francis Group

HODDER, I. (ed.), (2012) - Archaeological theory today.  Cambridge: Polity Press.

HODDER, I., (1982) - Symbols in Action. Cambridge, CUP.

RENFREW, C. & BAHN, P. (1991 e segs.) – Archaeology, theories, methods and practice. Londes: Thames and Hudson

SCHNAPP, A. (1996) – The Discovery of the Past. Londres: British Museum.

TRIGGER, B. (2006) A History of Archaeological Thought. Cambridge. Cambridge University Press.

WHITTLEY, E., (ed.) (1998) – Reader in Archaeological Theory. Londres: Routledge.

YOFFEE, N., SHERRAT, A., (eds.) (2003) - Archaeological theory: who sets the agenda? Cambridge: Cambridge University Press.

 

Critérios de avaliação

A classificação final é o resultado combinado e ponderado dos seguintes elementos:

- teste presencial escrito – c. 50%

- trabalho de grupo – construção, trabalho escrito, apresentação – c. 40%

- atitude e envolvimento – assiduidade/participação/adesão às actividades indicadas – c.10%

NB – Quando o resultado do teste presencial escrito for igual ou inferior a sete (7) valores, o cálculo da nota final não segue, obrigatoriamente, este modelo.