Sumários
Apresentação das propostas de trabalho pelos alunos
9 Novembro 2017, 16:00 • Ana Maria Seabra de Almeida Rodrigues
Apresentação, pelos alunos, das seguintes propostas de trabalhos finais:
Os estudos sobre os homens
2 Novembro 2017, 16:00 • Ana Maria Seabra de Almeida Rodrigues
O conceito de género e a construção das identidades feminina e masculina: teorias psicológicas e psicanalíticas. A questão da intersexualidade. O debate em torno da eventual existência de 3ºs géneros. Exemplos práticos: os eunucos bizantinos e o clero católico; algumas masculinidades e feminilidades medievais.
Discussão do texto de Allen Frantzen, “When Women Aren’t Enough”, Speculum, nº 68, 1993, pp 445-471.
Bibliografia:
Elisabeth BADINTER, XY. A Identidade Masculina, 2ª ed., Porto, Asa,
Thelma FENSTER, “Preface: Why men?”, Medieval Masculinities: Regarding men in the Middle Ages, Clare A. Lees (ed.), University of Minnesota Press, Minneapolis, 1994, p. ix-xiii
Mathew KUEFLER, The Manly Eunuch. Masculinity, Gender Ambiguity and Christian Ideology in Late Antiquity, The University of Chicago Press, Chicago-London, 2001.
Jo Ann MCNAMARA, “Chastity as a third gender in the history and hagiography of Gregory of Tours”, The World of Gregory of Tours, Kathleen Mitchell and Ian Wood ed., Brill, Leiden-Boston-Köln, 2002.
Kathryn M. RINGROSE, The Perfect Servant: Eunuchs and the Social Construction of Gender in Byzantium, The University of Chicago Press, Chicago-London, 2003A viragem para a História do Género
26 Outubro 2017, 16:00 • Ana Maria Seabra de Almeida Rodrigues
A emergência do conceito de género nas ciências sociais e sua aplicação à História. A reacção negativa das feministas e a resistência dos países de língua latina; a contestação deste conceito. Os efeitos da utilização do género como categoria de análise histórica nas abordagens e nos temas em estudo.
Discussão do texto de Joan Wallach Scott, «Género, uma categoria útil de análise histórica», in Ana Isabel Crespo et alii, Variações sobre sexo e género, Lisboa, Livros Horizonte, 2008, pp. 49-77.
Bibliografia:
Johanna Alberti, Gender and the Historian, London, 2000.
Lynn Hunt, “The Challenge of Gender”, in Hans Medick & Anne-Charlotte Trepp, Geschlectergeschichte und Allgemeine Geschichte, Goettingen, 1998, pp. 59-97.
Joan Hoff, “Gender as a Postmodern Category of Paralysis”, Women’s History Review, vol. 3, nº 2, 1994, pp. 149-168.
Marie-Claude Hurtig, Michèle Kail et Hélène Rouch, Sexe et Genre. De la hiérarchie entre les sexes, Paris, Ed. CNRS, 1991.
Sherry Ortner & Harriet Whitehead (eds.), Sexual Meanings. The Cultural Construction of Gender and Sexuality, Cambridge, 1981.
Jane Rendall, “Uneven Developments: Women’s History, Feminist History and Gender History in Great Britain”, in Karen Offen, Ruth Roach Pierson & Jane Rendall (eds.), Writing Women’s History: International Perspectives,Bloomington, 1991, pp. 45-57.
Silvia Tubert (ed.), Del sexo al género. Los equívocos de un concepto, Madrid, Ed. Cátedra, 2003.A emergência da História das Mulheres
19 Outubro 2017, 16:00 • Ana Maria Seabra de Almeida Rodrigues
As causas do surgimento do interesse pelo estudo da Mulher nos anos 1960 nas Ciências Sociais e na História. Os movimentos europeus e americanos de Libertação das Mulheres e o surgimento do Feminismo. A fase contributiva ou de acumulação da História das Mulheres: o problema das fontes; os estudos sobre as pioneiras e as “grandes mulheres”; o papel da mulher na vida pública; a esfera privada e a “cultura feminina”. A situação em Portugal: a ruptura do 25 de Abril de 1974; o empirismo e a ausência de teorização; a lenta e incipiente institucionalização nos anos 1990.
Apresentação do texto de Gisela Bock, «História, História das Mulheres, História do Género», Penélope, 4, Nov. 1989, pp. 157-187, feita pela aluna Adelina Morais e discussão por toda a turma.
Bibliografia:
Laura Lee Downs, Writing Gender History. London: Hodder Arnold, 2004
Gerda Lerner, The Majority Finds Its Past: Placing Women in History, Oxford, Oxford University Press, 1981
Michèle Perrot, Les femmes ou les silences de l'histoire. Paris : Flammarion, 1998
Regina Tavares da Silva, «Estudos sobre as mulheres em Portugal, um olhar sobre o passado», Ex-aequo, 1, 2001, pp. 17-28.
Manuela Tavares, Movimentos de mulheres em Portugal. Décadas de 70 e 80, Lisboa, Livros Horizonte, 2000.
Françoise Thébaud, Écrire l’histoire des femmes. 2e réimp., Lyon: ENS Editions., 2001
Irene Vaquinhas, «Impacte dos estudos sobre as mulheres na produção científica nacional – o caso da História», Ex-aequo, 6, 2002, pp. 147-174.A construção da História como ciência no séc. XIX: uma disciplina masculina.
12 Outubro 2017, 16:00 • Ana Maria Seabra de Almeida Rodrigues
A emergência da História “positivista” ou “metódica” por oposição à História Romântica então em voga e do Historiador como um profissional por oposição aos jornalistas, publicistas ou simples “curiosos”. A consagração das ciências ditas auxiliares da História: paleografia, diplomática, numismática, epigrafia, etc. O desenvolvimento das Universidades e Academias e a recusa do seu acesso às mulheres; restrições ao seu acesso às Bibliotecas, Museus e outros lugares de cultura erudita. O difícil percurso das mulheres que quiseram ser historiadoras profissionais.
Discussão do texto de Bonnie G. Smith, “Gender, Objectivity and the Rise of Scientific History”, in W. Natter, Th. R. Schatzki, J. P. Jones III (ed.), Objectivity and its Other, New York/London, The Gilford Press, 1995, pp. 51-66.
Bibliografia:
Guy Bourdé e Hervé Martin, As Escolas Históricas, 2ª ed., Lisboa, Publicações Europa-América, 2003.
Peter Novick, That Noble Dream: The "Objectivity Question" and the American Historical Profession, Cambridge, Cambridge University Press, 1988.
Bonnie Smith, The Gender of History: Men, Women and Historical Practice, Cambridge, MA, 1998.