Sumários

A repartição sexual da propriedade e do trabalho

30 Maio 2016, 16:00 Ana Maria Seabra de Almeida Rodrigues

As mulheres da nobreza e da pequena burguesia urbana frente à propriedade e ao trabalho: discussão dos textos.de Miguel García-Fernández, “Las Sarmiento: mujeres con poder al final de la Edad Media”, in María Isabel del Val Valdivieso y Cristina Segura Graiño (coord.), La participación de las mujeres en lo político. Mediación, representación y toma de decisiones, Madrid, Almudayna, 2011, pp. 135-154 e Miriam Kowaleski e Judith Bennet, "Crafts. Guilds and Women in the Middle Ages: fifty years after Marion K. Dale", in Signs, vol. 14, n. 2, 1989,  pp. 474-501.

Avaliação do seminário feita pelos alunos.


O poder económico

23 Maio 2016, 16:00 Ana Maria Seabra de Almeida Rodrigues

O poder económico de homens e mulheres medievais.Antes do ano mil. A ruralização da economia.O sistema dos grandes domínios e o trabalho dos servos e servas nos campos e nas oficinas.As outras formas de propriedade e exploração do solo.O recuo da vida urbana e do comércio.No segundo milénio. Expansão demográfica e suas consequências na desagregação das famílias alargadas. Progresso da família nuclear e sua importância na exploração da terra e nas oficinas artesanais: o carácter patriarcal da organização do trabalho. O renascer das cidades e o desenvolvimento do comércio; o papel das mulheres na venda a retalho. A emergência da burguesia como categoria social não privilegiada que, pela sua riqueza, se equipara aos senhores laicos e eclesiásticos. A detenção, pela burguesia, de poder económico e político e sua influência no progresso das artes.


Discussão do texto de Manuela Santos Silva, "As mulheres cristãs nas cidades da Idade Média", in A Mulher na História. Actas dos Colóquios sobre a temática da Mulher 1999/2000, Moita, Câmara Municipal, 2001,pp. 143-150.

Bibliografia:—
COELHO, Mª Helena da Cruz, “A mulher e o trabalho nas cidades medievais portuguesas”, Revista de História Económica e Social, 20 (Maio - Agosto 1987), pp. 45-63.
—FOURQUIN, Guy, História Económica do Ocidente Medieval, Lisboa, Ed. 70, 1981. 
GONÇALVES, Iria, “Regateiras, padeiras e outras mais na Lisboa medieval”, in Luís Krus, Luís Filipe Oliveira e João Luis Fontes (coord.), Lisboa medieval. Os rostos da cidade, Lisboa, Livros Horizonte, 2007, pp. 1-29. —
HANAWALT, Barbara A., The Wealth of Wives. Women, Law and Economy in Late Medieval London, Oxford, 2007.
—___ (dir.), Women and Work in Pre-Industrial Europe, Blooming-ton, 1986. —HOWELL, Martha C., Women, Production, and Patriarchy in Late Medieval Cities, Chicago, 1986. ROSENTHAL, Joel T., Patriarchy and Families of Privilege in Fifteenth-Century England, Philadelphia, 1991.


Homens e mulheres da nobreza: a família e o poder

16 Maio 2016, 16:00 Ana Maria Seabra de Almeida Rodrigues

A constituição das famílias nobres: agnatismo e cognatismo. Formas de casamento e dotação das mulheres. Homens e mulheres no direito de propriedade e no direito sucessório. A condição dos viúvos.

Discussão do texto de Mª Helena da Cruz Coelho e Leontina Ventura, “A mulher como um bem e os bens da mulher”, in A mulher na sociedade portuguesa. Visão histórica e perspectivas actuais. Actas do Colóquio, Coimbra, 1986, pp. 51-90.

Bibliografia:

Isabel Beceiro Pita, “La mujer noble en la Baja Edad Media castellana”, in La condición de la mujer en la Baja Edad Media. Actas del Coloquio, Madrid, Casa de Velázquez – Universidad Complutense, 1984, pp. 289-313.

Georges Duby, O cavaleiro, a mulher e o padre. O casamento na França feudal, Lisboa, Publ. D. Quixote, 1988.

José Mattoso, “A mulher e a família”, in A mulher na sociedade portuguesa. Visão histórica e perspectivas actuais. Actas do Colóquio, Coimbra, 1986, pp. 35-49.

José Mattoso, A nobreza medieval portuguesa. A família e o poder, Lisboa, Estampa, 1981.

José Augusto de Sotto Mayor Pizarro, Linhagens medievais portuguesas. Genealogias e estratégias (1279-1325), 3 vols., Porto, Universidade Moderna, 1999.

Sue Sheridan Walker 


Género e poder religioso (3)

9 Maio 2016, 16:00 Ana Maria Seabra de Almeida Rodrigues

Conclusão do estudo do poder religioso na Idade Média: discussão dos textos de Asunsión Esteban Recio, “Llamando a las puertas del cielo. Mujeres rebeldes en el cristianismo medieval”, in Nuevos enfoques para la enseñanza de la historia: mujer y género ante el espacio europeo de educación superior, Madrid, Al-Mudayna, 2007, pp. 117-137 e Lisa M. Bittel, “Introduction: Convent Ruins and Christian Profession. Towards a Methodology for the History of Religion and Gender”, in Lisa M. Bittel & Felice Lifshitz (ed.), Gender & Christianity in Medieval Europe. New Perspectives, Philadelphia, University of Pennsylvania Press, 2008, pp. 1-15.

 Apresentação da proposta de trabalho final de Filipa Santos Maia


O poder religioso (2)

2 Maio 2016, 16:00 Ana Maria Seabra de Almeida Rodrigues

Tempos de elaboração doutrinal: os Padres da Igreja (sécs. IV-V). Perfeição masculina e imperfeição feminina: o afastamento das mulheres do ministério sagrado. A hierarquia de mérito feminina: virgens, viúvas e casadas. O casamento cristão: exclusivamente para procriar.

O desenvolvimento do monaquismo e a multiplicidade das regras; inexistência de regras femininas. Os mosteiros dúplices e o poder das abadessas. A santidade sucede ao martírio: santos bispos e confessores, santas rainhas.

A reforma gregoriana e a imposição do celibato aos clérigos de ordens maiores e do sacramento do matrimónio aos leigos. Surgimento de novas ordens religiosas e de uma regra especificamente feminina: a de Santa Clara. A emergência do laicado e o seu radicalismo espiritual: místicas e visionárias, beguinas, emparedados. Os movimentos heréticos.


Apresentação das propostas de trabalho final dos alunos Natasa Stepancic, Júlio aparício e Vicente Almeida.


Bibliografia:

Abreu, Maria Zina Gonçalves de, O sagrado feminino. Da Pré-história à Idade Média, Lisboa, Colibri, 2007.

Eisen, Ute E., Women as Officeholders in Early Christianity. Epigraphical and Literary Studies, Collegeville(MI), The Liturgical Press, 2000.

Gonnet, G., "La femme dans les mouvements paupero évangéliques du Bas Moyen Age", Heresis, 22, pp. 27-41.

L’Hermite-Leclerc, Paulette, L’Église et les femmes dans l’Occident médiéval des origines à la fin du Moyen Âge, Turnhout, Brepols, 1997.

McSheffrey, Sh. Gender and Heresy: Women and Men in Lollard Communities, 1240-1530, Philadelphia, 1995.

Schmitt, J.-Cl. , Mort d'une hérésie. L'Eglise et les clercs face aux béguines et aux bégards, Paris, 1978.