I. A revolução do século VIII: génese, expansão e diversificação das estruturas urbanas no Egeu. Entre ‘Homero’ e Teógnis de Mégara: como a poesia se torna história.
27 Setembro 2019, 16:00 • Rodrigo Furtado
I. A sociedade homérica: refere-se a quê?
- Os big men e a sua pequenez. A natureza da liderança e da autoridade.
a. Os poemas homéricos como fonte para a época obscura, mais do que para o período micénico ou do que para o século VIII.
b. Big men: as lideranças assentes no valor militar;
c. Big men: a ausência de poder económico, de influência territorial e de elementos claros de diferenciação;
d. realeza micénica: demasiado distante e incapaz de se manter na época obscura;
e. Ausência de templos e de estruturas religiosas rígidas.
II. O mundo a mudar a partir de 800.
- Antes de 800: a talossacracia fenícia (1200-800) – uma nova vaga orientalizante no Mediterrâneo;
- A XXV dinastia núbia no Egipto e a formação do império kushita;
- Tiglath-Pileser III (745-727 a.C.): o nascimento do Império Assírio;
- A excepção do Egeu.
III. Sinais de uma polis em embrião.
- A emergência da colectividade em Homero: coisas “estranhas” na sociedade descrita por Homero.
1.1. Uma sociedade de muitos reis: fragilidade e colectividade.
1.2 A emergência do factor colectivo: o papel das assembleias nos poemas homéricos.
2. A poesia bélica de Calino e Tirteu: a colectividade no século VII.
b. A importância do combate colectivo: dirigir em grupo a hostilidade para o exterior.
3. O vaso Chigi.
4. A inscrição de Dreros (VII a.C.)
‘Parece, pois, bom para a cidade que, quando um homem tiver sido kosmos, nos próximos dez anos não lhe seja permitido ser kosmos. Se agir como kosmos, qualquer que seja a sua decisão, que pague a dobrar e que ele seja tornado inútil durante o resto da sua vida, amaldiçoado pelos deuses e , o que quer que ele tenha feito como kosmos não valha nada. Juram esta decisão: o kosmos e os damioi e os Vinte da Cidade’.