A nova história indígena e a importância da revisão de noções e conceitos. Uma releitura feita através dos estudos das mulheres e de género

21 Outubro 2021, 09:30 Ângela Vieira Domingues

A nova história indígena: a valorização de grupos até aqui secundarizados por certos enfoques historiográficos de pendor mais tradicional. Noções e conceitos que importa rever: os indígenas e os africanos como mão de obra fundamental no Brasil; os quilombos como experiência africana e indígena; o papel e as funções das mulheres nas comunidades ameríndias e na sociedade colonial luso-brasileira. A diversidade indígena e os seus variados interesses, rivalidades e escolhas como fatores decisivos para a definição de relações e poderes no mundo colonial (ex: Temiminó e Tamoio). As mulheres indígenas: os estereótipos associados à fundação da nação brasileira (Bartira e Paraguaçú como mães do Brasil); a pluralidade das suas funções e da sua influência nas sociedades indígenas e na sociedade colonial; e existência de diferentes estatutos dentro das comunidades nativas: as filhas e as parentes das lideranças; as mulheres como fonte produtiva de trabalho e de riqueza; os "casamentos" e as relações de parentela como consolidação da força política e de alianças e estratégias. Uma sociedade mestiça que valoriza as linhagens patrilineares e a herança dos pais portugueses e luso-brasileiros. Um estudo de caso: Damiana da Cunha, Goiás no século XVIII, caiapós e colonizadores.

(Esta aula foi ministrada pela Dr.ª Suelen Siqueira Júlio)