Constantino e a construção da máquina imperial: um homem, um colosso, mais distante, maior, mais santo.
12 Março 2018, 14:00 • Rodrigo Furtado
I. O caos depois da abdicação (305-313)
1. A abdicação de Diocleciano e Maximiano (305): quando tudo parecia ainda correr bem.
1.1 Novos Augustos: Constâncio I (Ocidente) e Galério (Oriente); novos Césares: Severo e Maximino Daia. A oposição de Diocleciano à sucessão hereditária e a eliminação dos filhos biológicos.
1.2 A rápida morte de Constâncio (306): espoleta-se a crise – as revoltas de Constantino e de Maxêncio.
1.3 Os confusos anos 306-312: o colapso da tetrarquia.
1.4 A filiação de Constantino: Maximiano e o casamento com Fausta; Cláudio II (310): ‘descendente de um rei troiano’; ‘cujos descendentes haveriam de reinar para sempre’. Hercúleo; Apolo como deus sol; a estátua em ouro no Capitólio e em prata nos Rostros.
1.5 O arco de Constantino (315) e o despojar dos monumentos de Trajano, Adriano e Marco Aurélio.
1.6 O nomen: Valerius Flauius; Flauius (depois de 312). As potencialidades de um apelido (a relação com Vespasiano e Tito). A localização do arco e a relação com o arco de Tito e com o Templo de Vénus e Roma. Todos se tornam Flávios
1.7 Em 312: Licínio é Augusto no Oriente; a aliança com Constantino e a eliminação de Maxêncio na batalha da ponte Mílvia (312) e de Maximino Daia na batalha de Tzíralo (313).
2. O problema da conversão de Constantino.
2.1 O sonho da véspera da ponte Mílvia: o . A visão: Ἐν τούτῳ νίκα/in hoc signo uinces.
3. Um imperador cristão?
3.1 O edicto conjunto “de Milão” e a tolerância do Cristianismo (313).
3.2 O favorecimento do Cristianismo: a devolução da propriedade; a isenção de impostos; a isenção do serviço decurial; a construção de basílicas: São Pedro; São Paulo; Santo Sepulcro; os primeiros apelos ao imperador como árbitro (317); a intervenção nas discussões doutrinais: o concílio de Niceia (325).
3.3 O Cristianismo como padrão social e cultural. Uma conversão ‘de cima para baixo’.
3.4 O Deus das batalhas e vitórias; as moedas de Constantino e a associação do Deus cristão ao Sol inuictus.
3.5 O novo lugar ideológico do imperador: a proximidade à divindade.
3.6 A tolerância para com os cultos pagãos. As maiores resistências: o mundo rural; as legiões; os filósofos.
4. A fundação de Constantinopla (330)
4.1 A derrota de Licínio em Crisópolis (324). O erro estratégico de Licínio ao abandonar Bizâncio.
4.2 A localização estratégica de Bizâncio: defesa, economia e estratégia.
4.3 Qual o problema de Roma? O deslocamento do eixo do império para fora de Itália.
4.4 A ‘nova Roma’: uma cidade planeada para ter tudo o que Roma deveria ter.
5. Questões de sucessão
5.1 A tetrarquia como sistema não hereditário (em termos biológicos). A rápida alteração do padrão: Constantino e Maxêncio.
5.2 Constantino como filho ilegítimo: a legitimização de Helena (Flávia; Augusta em 324). A obscuridade de Júlio Constantino, Hanibaliano e de Dalmácio (filhos de Teodora).
5.3 A nova terarquia: Constantino, Constâncio, Constante e Dalmácio Júnior. O massacre dos rivais: Júlio Constantino, Dalmácio, Dalmácio Júnior e Hanibaliano Júnior.
A solução dinástica: falha ou continua? Análise da árvore genealógica até Teodósio. A eternidade dos Flávios: Flávio como título imperial semelhante a Augusto.