O Neo-realismo italiano (2)

29 Novembro 2016, 14:00 Fernando Guerreiro

A "forma aberta" do Neo-realismo italiano (cont.): 2.4. uma dimensão colectiva e coral com respeito da diversidade dos "falares" ("Paisà"); 2.5. a crítica do actor profissional e da ficção (Zavattini); 2.6. o "script" como "work in progress" ("Paisà").

Roberto Rossellini ("Paisà", 1946):

1. um cinema directo, de "amador", "pobre"; 2. um cinema dos "factos" e do distanciamento ético (Bazin); 3. pluritonalidade do discurso: um "puzzle" de géneros: Horror, melodrama, comédia, documentário (uso da "voice-over"); 4. o filme como travelling sobre a Itália em guerra; 5. tensão estrutural: a estrutura episódica (vs) efeito unitário da "voz-sobre": um filme mais "regional" do que "nacional"; "pequena" e "grande" História; resistência do indivíduo e do particular: por um "heroísmo sem heróis" (Millicent Marcus); 6. a temática da "comunicação": a diversidade das línguas e as contradições do processo de Libertação.

* projecção do episódio siciliano de "Paisà"