A exploração geográfica e comercial da costa ocidental africana no século XV

26 Fevereiro 2021, 17:00 Vítor Rodrigues

Do Cabo Bojador ao Cabo da Boa Esperança: a evolução do ritmo das viagens marcada por diferentes condicionalismos políticos ocorridos no Reino e em Marrocos, por questões técnicas e pela maior ou menor valência dos novos locais explorados.

Principais características da presença portuguesa na costa ocidental africana ao longo do século XV: expansão mercantilista, sem colonização e ocupação territorial e baseada exclusivamente no comércio.
A feitoria como principal instrumento desse modelo. A fortaleza-feitoria de S. Jorge da Mina enquanto exemplo da fusão do modelo norte-africano, sustentado em fortalezas, e o "guineense", assente nas feitorias . Sua importância enquanto modelo referencial do futuro império oriental português.
A organização do trato: o período henriquino (1443-1460); o contrato com Fernão Gomes (1469-1475); o monopólio do comércio do ouro da Mina pela Coroa.
Reavaliação do papel de Fernão Gomes enquanto responsável pela condução dos descobrimentos geográficos ao longo do período de vigência do contrato.  A exploração da costa do golfo da guiné feita por criados da casa real e não por particulares ao serviço do grande comerciante lisboeta.
Acção desenvolvida por D. João II no âmbito de um verdadeiro "Plano das Índias": as viagens de Diogo Cão e Bartolomeu Dias; o envio de emissários terrestres - Afonso de Paiva e Pero da Covilhã - em busca de informações sobre a Índia, o Índico e o Prestes João; a exploração do Atlântico Sul. 
O Tratado de Tordesilhas: suas motivações e consequências.