A sociedade alti-medieval

28 Outubro 2016, 10:00 Ana Maria Seabra de Almeida Rodrigues

Da escravatura à servidão. A existência de verdadeiros escravos ao longo de todo este período: obtidos no mercado, filhos de outros escravos, prisioneiros de guerra, devedores, criminosos. Estatuto e condição dos escravos. As diversas explicações do fim da escravatura: a influência do Cristianismo; a baixa produtividade e rentabilidade da mão-de-obra escrava; as lutas dos escravos. A convergência do estatuto dos escravos e dos colonos para a servidão rural.

As relações de associação e de dependência  A persistência das comunidades de homens livres apesar das pressões dos poderosos e as suas prerrogativas: serviço militar, regulação de conflitos, solidariedades agrárias. As clientelas armadas dos ricos proprietários romanos (bucelarii) e as guardas dos monarcas germânicos (antrustiones, gardingi e gasindi) nas origens da recomendação; a evolução desta para a vassalagem com a sua extensão aos cargos públicos (honores) exercidos por delegação do rei.

Bibliografia:

Giuseppe ALBERTONI, « As aristocracias », in Umberto Eco (org.), Idade Média. Bárbaros, cristãos e muçulmanos, Lisboa, D. Quixote, 2011, pp. 271-275.

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