A população europeia: da Alta Idade Média à Peste Negra

15 Fevereiro 2019, 16:00 João dos Santos Ramalho Cosme

Realidade político-higio-económica da Europa, entre os séculos V e VII. Consolidação do modelo de família nuclear (poder decisório para os casados), muito graças ao Cristianismo, em oposição ao modelo estrutural visigótico, de família troncal (poder decisório e económico no mais velho. No modelo de família nuclear, a reprodução é menor. Século VIII: Invasão árabe à Península Ibérica (Batalha de Guadelete até Poitiers, derrotados por Carlos Martel, em 732); Europa do Sul sofre invasões e investidas árabes, com frotas vindas do Norte de África a atacarem a França e a Itália; Século IX: Invasão Viking no litoral da Europa do Norte. Grande capacidade naval, destruição e massacre de populações costeiras. Sinal de mutação da Europa, com um certo crescimento demográfico: as causas negativas do crescimento desaparecem, não havendo guerra. A Europa passa agora a conquistar (Cruzadas); novos espaços adquiridos ao mar, como Amesterdão; primeiras campanhas marítimas de conquista; dinâmica de mobilidade. A paz vai possibilitar a dinamização económica da agricultura e do comércio. Na segunda metade do século XIII, a Europa viveu sob uma dinâmica de crescimento populacional, sobretudo em algumas regiões, tais como em França, com maior capacidade agrícola, principalmente nas zonas com alta densidade demográfica. A ideia de Mundo Cheio: Esta melhoria no aprovisionamento dos alimentos vai trazer umamaior capacidade ao nível alimentar dos humanos (aumento doconsumo de carne na alimentação e de peixe). A introdução de novos alimentos nos hábitos alimentares constitui uma melhoria em termo de resistência às doenças. Por outro lado, o clima de paz que se vivia então, foi também benéfico para a demografia. Assim, o clima de paz, associado às novas técnicas agrícolas ealimentares, possibilitaram a expansão demográfica.Esta nova realidade e bem-estar possibilitam a manutenção ou oaumento de taxas de nupcialidade e de natalidade.Os sinais de desacelaração e até mesmo de crise populacional nos primeiros anos do século XIV (antes da Peste Negra).