Estrutura da Sociedade Portuguesa (século XVI)

2 Abril 2019, 10:00 João dos Santos Ramalho Cosme

No séc. XVI dá-se um alargamento da força do poder político em termos de absolutismo com:-Nomeação dos tribunais; -Desenvolvimento de uma estrutura administrativa; -Vigilância da actividade religiosa. Grandes Grupos da Nobreza: -Nobreza de Corte. É onde o rei vai buscar o seu alto funcionalismo. Constituiu um corpo privilegiado da confiança do Estado/Rei; -Nobreza de Toga. Tem a categoria da nobreza através das funções que exerce. Não possui a nobreza por nascimento mas sim pelas funções. O nobre de função será a base da nobreza administrativa no séc. XVIII; - Nobreza de Espada. Constitui o oficialato militar, órgão da vida militar. Está intimamente ligada com os mercadores e com a nobreza de Corte. À nobreza de espada ascendem muitos indivíduos de origem modesta que se notabilizam nas várias campanhas ultramarinas. Tem importância na dinâmica da nobreza já que os filhos desta nobreza ou entram na Corte ou vão para a universidade: -Nobreza de solar ou Provincial. Nobres que vivem no próprio local onde têm funções administrativas (alcaides, capitães-mores, sargentos-mores, vereadores de cidade e vilas notáveis). Constitui a moda, o centro de reputação dos casamentos de famílias distintas. É também o viveiro de muitos elementos da nobreza de espada e de toga. Mas a sua raíz é a região onde tem uma vivência efectiva. Grupo Citadino: Mercadores: tamém chamado negociante ou tratante. Dedica-se à tarefa de compra e venda. -Mercador de sobrado ou cambiador. Não tem laja mas tem dinheiro, empresta ou emprega em sociedades em comandita. -Mercador de loja aberta Comerciavam sobretudo em fazendas. É essencialmente um mercador de tecidos. Não tinha dinheiro de contado mas tinha dinheiro negociado. -Mercador de loja e oficina Tinha a loja na parte da frente e vendiam a mercadoria que era produzida na oficina. Estavam condicionados pelo mercado (preços) -Mercador de loja levantada.Grupo típico das cidades com porto. Dispõe apenas de tenda ou de uns painéis onde exibe a mercadoria. Vende sobretudo cerâmica e peixe. É diferente do mercador ambulante. Típico da feira da ladra. -Feirante Não pertenciam a uma cidade mas circulavam de lugar para lugar. Também conhecidos por “tratantes” (má fama).