- Caracterização e problematização dos conceitos 'língua', 'dialeto', 'variedade' e 'contínuo dialetal', especialmente quando aplicados ao contexto linguístico africano.

Leituras e trabalho: cf. aula anterior.

 

Discussão de aspetos que permitem definir uma língua como língua africana: a problemática língua vs. dialeto à luz de critérios linguísticos e extralinguísticos; a indigenização/nativização das antigas línguas coloniais em África; o estatuto híbrido dos crioulos de base lexical portuguesa; exemplos práticos do contexto africano e de outros contextos.

Informação importante: As datas dos testes sofreram alteração: 

- o 1º teste escrito passa para 25 de outubro;

- o 2º teste escrito passa para 15 de dezembro.

 

Leitura complementar: Hagemeijer (2016), pp. 43-50

Questão para a próxima aula: Que critérios permitem definir uma língua como língua africana e que línguas faladas em África constituem casos problemáticos à luz destes critérios? 

Objetivos:

Esta unidade curricular visa dotar os estudantes de conhecimentos que lhes permita compreender e refletir sobre a paisagem linguística africana, numa perspetiva diacrónica e sincrónica. Serão abordados temas relacionados com (i) a diversidade e a vitalidade linguísticas em contextos marcadamente multilingues, (ii) o estatuto societal das línguas africanas (iii) a evolução da classificação filogenética das línguas africanas e os métodos utilizados e (iv) aspetos tipológico-linguísticos das línguas africanas, com especial incidência na estrutura das línguas do grupo bantu. No fim da unidade curricular, os estudantes devem (a) ter desenvolvido capacidade crítica para compreender como se estabeleceu o atual panorama linguístico africano e quais são as suas características e desafios e (b) ser capazes de identificar e analisar traços linguísticos de línguas africanas trabalhados nas aulas.

 

Conteúdos:

1. Diversidade e vitalidade linguística em África;

2. Língua, dialeto e contínuo dialetal em África;

3. Língua, sociedade e Estado em África;

4. Classificação genética das línguas africanas: métodos e resultados;

5. Aspetos tipológico-linguísticos das línguas africanas: fonologia, morfologia e sintaxe.

 

Critérios de avaliação:

- Dois testes teórico-práticos presenciais (50% + 50%): 20 de outubro e 13 de dezembro de 2023

- Participação relevante nas aulas e realização dos trabalhos solicitados ao longo do semestre.

 

Atendimento:

Quartas, 11-12h ou em outro horário a combinar, mediante marcação prévia (Gabinete C043, Centro de Linguística).

 

Página da unidade curricular: Linguística Africana (google.com) (clique nesta ligação).

 

Materiais:

Todos os materiais – textos para leituras, guiões das aulas, exercícios e outros – são disponibilizados na página da unidade curricular.

 

Seleção de obras introdutórias ou de referência:

Batibo, H. 2005. Language decline and death in Africa: causes, consequences, and challenges. Multilingual Matters.

Childs, G. Tucker. 2003. An introduction to African languages. Amsterdam: Benjamins. (disponível na página da disciplina)

Eifring, H. & R. Theil. 2005. Linguistics for students of Asian and African languages. ms., Universitetet I Oslo. Linguistics for Students of Asian and African Languages - EXFAC03-AAS - Høst 2005 - Universitetet i Oslo (uio.no)

Güldemann, T. (ed.). 2018. The languages and linguistics of Africa. The World of Linguistics 11. Berlin: Mouton de Gruyter. 

Heine, B. & Nurse, D. 2000. African languages: an introduction. Cambridge: Cambridge University Press.

Petter, M. (org.). 2015. Introdução à linguística africana. São Paulo: Editora Contexto.

Webb, V. & Kembo-Sure (eds.). 2000. African voices: an introduction to the languages and linguistics of Africa. Cape Town: OUP.

Vossen, R. & G. Dimmendaal. 2020. The Oxford handbook of African languages. Oxford: Oxford University Press.

Wolff, H. E. 2016. Language and development in Africa. Perceptions, ideologies, and challenges. Cambridge: CUP.