Jean-Luc Godard, "Vivre sa Vie" (1962)

10 Maio 2016, 16:00 Fernando Guerreiro

1. o filme como exposição de um "caso": 1.1. um inquérito judicial: a foto criminal (Bertillon); 1.2. um modo de (des)dramatizar em "quadros": o modelo da Paixão de Cristo e o "distanciamento" de Brecht; 1.3. o modelo de cinema: entre o documentário (fotografia) e a "ilusão" (o "mentir-vrai" de Aragon); 1.4. o exemplo (alegoria) da "poule";

2. a questão da Linguagem: a "fala" ("parole") entre o "silêncio" e a "gaguez"; "verdade" e "erro" (a discussão entre Nana e Brice Parain:  a aporia de Porthos); 3. a sequência do "retrato"- um múltiplo retrato: literário (Poe), pictural e cinematográfico (entre Dreyer e Renoir); o "rosto" como lugar da manifestação da "verdade" e do "invisível": o "retrato vivo " de cinema.

* projecção da CM de Godard, "Charlotte et son Jules", assim como da sequência da "ida ao cinematógrafo" de "Les Carabiniers" (1963)

Bibligrafia: excerto da entrevista de Godard ao nº 128 dos Cahiers du Cinéma (Dzb/ 1962), textos de Susan Sontag, André S Labarthe, Jean-André Fieschi (pasta da cadeira)