Realismo e utopia em "La Crime de Monsieur Lange" de Jean Renoir (1936)

8 Abril 2016, 16:00 Fernando Guerreiro

1. Renoir e a Frente Popular: 1.1. "Lange" como alegoria da revolução: a questão política da Representação - entre realismo, naturalismo e poesia; 1.2. plano da Forma: assimilação da "4ª parede" pela "profundidade de campo"  que permite a unidade de olhar, de discurso e de acção (real) -a panorâmica de 360º.

2. "Le crime de Monsieur Lange": 2.1. dispositivo de enunciação/ narração  em "flashback", na 1ª pessoa do feminino: discurso de "fronteira" entre a vigília e o sonho: 2.2. o universo imaginário de Arizona Jim como figura da França em 1936; 2.3. o estado das "artes" na época da reprodutibilidade técnica dos seus meios: Literatura Industrial (=o folhetim) e cinema populista; 2.4. o estado do "desejo": ponto de vista feminino e Édipo masculino (Lange); 2.5. a sentença do tribunal de fronteira: a questão da "violência". Heróis em fuga (utopia e nostalgia).

* projecção do terceiro segmento ficcional de "La Vie est à Nous" (J Renoir= colectivo Ciné-Liberté) (1936)