De Ésquilo a Montaigne

7 Março 2016, 12:00 Ângela Fernandes

Leitura e análise de Persas, de Ésquilo: identificação das oposições que estruturam a sequência dramática, em articulação com a distinção entre humanos e deuses. A presença cénica da Sombra de Dario e de Xerxes como elementos de reforço da significação trágica – a explicação da derrota persa, a apologia da prudência e da equidade, o poder catártico do lamento superlativo do rei vencido.

Breve referência à dimensão cénica do texto de teatro e à questão da encenação contemporânea de textos antigos; visionamento de imagens do espectáculo Persians, apresentado em 2014 pela SITI Company no anfiteatro Getty Villa, em Los Angeles.

Michel de Montaigne e o ensaio como renovado modelo de discurso e de pensamento no Renascimento tardio. O ensaio “Dos canibais” (c. 1579) e a evocação dos contactos com populações do “novo mundo” na segunda metade do século XVI; a estipulação de um método de conhecimento que visa “evitar as opiniões comuns” e guiar-se “pela via da razão”.