Conclusão do estudo do idílio VII de Teócrito

15 Outubro 2021, 12:30 Ana Alexandra Alves de Sousa

Continuação e conclusão do estudo do idílio VII de Teócrito. A canção de Simíquidas: o seu orgulho em contraste com a modéstia de Lícidas; Simíquidas considera fundamental contextualizar a sua poesia, sendo bucólica, no ambiente da montanha. Alia-se ao pastor das vacas, Dáfnis, reforçando o agon contra Lícidas-Comatas.Simíquidas distancia-se a si mesmo da sua paixão com uma ironia ligeira e resignação, enquanto Arato, tal como Lícidas, está em total sofrimento. O cantor distancia-se ao contrário de Lícidas que se identifica. A sua canção poderia ser cantada por outro. A ἀναγωγή, pedido, habitual nos textos mágicos, para trazer o amado para a porta do amante. Comentário às localizações geográficas: Hómole, o Ebro, a Etiópia, Bíblis, Pixas. O ritual descrito não está atestado assim em lado nenhum, mas as cebolas eram usadas em práticas de magia. Havia um tipo de cebolas à que se atribuía uma propriedade irritante para a pele como às urtigas. É habitual nas práticas de magia ameaçar o deus ou o espírito se ele não conceder o que se lhe pede. Há um tom cómico, pela incongruência entre as maldições própria da “poesia de maldição” e o tipo e castigos bucólicos. A imagem do amante como um lutador. O ideal filosófico da ἀσυχία. O loecus amoenus do final da viagem.