Os Fastos (conclusão). Início do estudo da poesia do exílio de Ovídio.

24 Maio 2017, 10:00 • Ana Maria dos Santos Lóio

Os Fastos. A apresentação dos Fastos no primeiro dístico do livro I como obra na tradição dos Aetia de Calímaco; a ambição de trabalhar um género elevado (os Fastos associados ao canto épico). O primeiro dia dos Fastos: o diálogo entre o poeta e Jano recuperando a estrutura de Aetia I-II (diálogo entre Calímaco e as Musas). O reencontro de Ovídio com Vénus no prefácio do livro IV: discussão da "carreira poética" de Ovídio; a ambição de cantar géneros mais elevados ("maiora"), até na esfera da temática amorosa; a noção de "carreira poética" como herança alexandrina. Alguns "dias" de Junho (18-22): carácter erudito da obra; o recurso ao comentário; os Fastos como compilação de "aetia" (o exemplo da constelação Orion à luz do poema "Coma Berenices" de Calímaco, Aetia. 

BIBLIOGRAFIA
R.J. Littlewood, "Ovid's Fasti in its historical context", A commentary on Ovid: Fasti Book VI, Oxford : Oxford University Press,  2006, xiii-xxii (comentário aos dias 18-22 Junho)
J. Frazer (trans.), Ovid. Fasti, London: Heinemann, 1967 (excertos enviados em versão digital)
E. Fantham, Ovid. Fasti book IV, Cambridge [etc.]: Cambridge Univ. Press, 1998 (comentário ao prefácio)
S. Green, Ovid, Fasti 1: a commentary, Leiden: Brill,  2004 ; Boston (comentário ao prefácio e a 1 de Janeiro)P. Alberto, Ovídio, Mem Martins: Inquérito, 1997