O movimento centrífugo e o movimento centrípeto da escrita autobiográfica (os diários, as memórias, a escrita epistolar)

27 Setembro 2021, 17:00 Ricardo Gil Soeiro

Síntese das questões suscitadas pelo início do estudo da problemática da auto-representação: questões teóricas. Continuação do estudo da problemática da auto-representação: os escritos intimistas e as fronteiras entre verdade e ficcionalidade, entre o real e o inventado, entre o vivido e a escrita. Algumas características fundamentais da literatura autobiográfica, da autoficção e da autografia. O espectro alargado das escritas do Si: confissões (a tradição confessional): breve referência aos textos canónicos de Santo Agostinho, Montaigne e Rousseau), os diários, as memórias, a escrita epistolar. O “pacto autobiográfico” segundo o teórico P. Lejeune. A explosão intimista na época contemporânea, de acordo com as posições assumidas por Clara Rocha na sua obra Máscaras de Narciso. Estudos sobre a literatura autobiográfica em Portugal, Coimbra, Almedina, 1992. O movimento centrífugo e o movimento centrípeto da escrita autobiográfica. O exemplo biográfico de Kafka: publicação dos diários (privado vs. público). Breve comentário crítico sobre o artigo “O Secreto e o Real – Caminhos Contemporâneos da Autobiografia e dos Escritos Intimistas”, da autoria de Paula Morão: a relação entre o Eu e o Mundo, a impureza e a complexidade que caracterizam o objecto literário, em geral, e as diversas modalidades dos escritos intimistas, em particular, a aporia da linguagem.