Programa
A unidade curricular propõe a leitura de um conjunto de obras e autores de finais de oitocentos ao segundo modernismo, num percurso nem sempre cronologicamente linear mas tão panorâmico quanto possível, cujo estudo permite conhecer as principais tendências estéticas da época, o modo como estas evoluíram e se ramificaram e os mais importantes contributos para o estabelecimento da modernidade literária em Portugal. A incerteza política e a crise de identidade nacional, prementes ao longo deste período, ajudam a enquadrar as diferentes sensibilidades literárias que concorrem para o aparecimento dos modernismos e a compreender, em particular, o modo como as poéticas finisseculares, por um lado, e certas inclinações tardo-românticas, por outro, se entrecruzam na geração de Orpheu e, não obstante a ruptura aí protagonizada, prosseguem depois dela. Com peso e atenção desigual, estudar-se-ão os seguintes autores: Fialho de Almeida, Eugénio de Castro, António Nobre, Camilo Pessanha, Guerra Junqueiro, António Patrício, Teixeira de Pascoaes, Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros, Raul Brandão, Florbela Espanca e José Régio.
Avaliação
A avaliação é contínua e contempla 2 testes presenciais, de igual ponderação (45% cada) e a participação nas aulas (10%).
Bibliografia
Martins, Fernando Cabral (ed.) (2008). Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo Português. Lisboa: Caminho.
Lopes, Óscar (1987). Entre Fialho e Nemésio (vols I e II). Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda.
Lourenço, Eduardo (195-) “‘Presença’ ou a Contra-Revolução do Modernismo”, in Estrada Larga: Antologia do Suplemento de Cultura e Arte de O Comércio do Porto (org. Costa Barreto). Porto: Porto Editora. pp. 238-251.
Saraiva, António José e Óscar Lopes (2001). História da Literatura Portuguesa (17ª ed.). Porto: Porto Editora.
Tamen, Miguel e João R. Figueiredo, António M. Feijó (eds.) O Cânone (2020), Lisboa: Fundação Cupertino de Miranda e Edições Tinta-da-China.