Reescritas de Don Juan entre os séculos XVII e XIX

17 Fevereiro 2021, 14:00 Ângela Fernandes

Conclusão da leitura e análise de El burlador de Sevilla: o desenlace da história e a concretização da justiça divina. Apreciação da vertente teológica e moralizadora da “comedia” de Tirso; a advertência final “no hay plazo que no llegue, ni deuda que no se pague”.

Leitura e comentário dos capítulos iniciais do estudo de J.W. Smeed, Don Juan: Variations on a theme: a evolução do tratamento da história de Don Juan no teatro europeu do século XVII e a importância de Dom Juan ou le Festin de Pierre, de Molière (1665); a complexificação da figura do sedutor blasfemo, e a exploração de ambiguidades e ambivalências; a ópera Don Giovanni, de Mozart e Da Ponte (1787), como momento culminante.

As transformações culturais no início do século XIX. As interpretações românticas e a novela “Don Juan” de E.T.A. Hoffmann (1813): a explicação do significado “profundo” da ópera Don Giovanni à luz da valorização da singularidade sobre-humana do protagonista. O confronto de mitos modernos: Don Juan face a Fausto, e a figuração de Don Juan como símbolo de valores “humanos” essenciais no drama Don Juan und Faust, de C.D. Grabbe (1829). Leitura e comentário de fragmentos relevantes destas obras.